REsuMOObjetivo: identificar, em participantes de Grupo de Louvor, aspectos de religiosidade presentes no saber e nas práticas relacionadas ao uso da voz e aos cuidados de saúde vocal. Métodos: pesquisa qualitativa, que envolve dados de desenho e depoimento escrito sobre a voz, questionário aberto e grupo focal, categorizados a partir da análise de conteúdo/análise temática. Resultados: são apresentados a partir das categorias e atributos: sócio-cultural (relação com as pessoas e com Deus), componente essencial, evangelização, profissional, saúde vocal e parâmetros vocais. Conclusão: foram evidenciadas a valoração e a importância da voz para se relacionar com Deus e para realizar as práticas religiosas e as atividades de evangelização, além da prevalência de crenças religiosas e da oração dentre as práticas de cuidados com a voz/saúde vocal e geral. A pesquisa evidenciou necessidades, saberes e práticas relacionadas aos usos da voz e saúde vocal e afirma a relação entre saúde e espiritualidade/religiosidade, mostrando que tal relação é importante e não pode ser negligenciada pelos fonoaudiólogos que se propõem a trabalhar na promoção da saúde vocal de cantores evangélicos. nista, instrumentistas de sopro), bem como técnicos de som e vídeo. O Grupo de Louvor tem a importante função de dirigir a comunidade para a prática do canto durante a realização do culto, com a tarefa de conduzir os fiéis a louvar e a adorar a Deus. Estudos 4-7 realizados com cantores de igreja católica e cantores de Grupos de Louvor de igreja evangélica evidenciaram que a maioria não conta com formação ou preparo vocal adequado nem com orientação, assessoria ou acompanhamento fonoaudiológico e que muitos sujeitos apresentam queixas em relação à voz cantada: dificuldades para atingir tons, cansaço vocal, dificuldade em manter a frase musical, rouquidão, "ar" na voz, dificuldade na respiração, pigarro, dor e ardor ao cantar, lembrando que tais queixas podem estar relacionadas a disfunções e alterações vocais. DEsCRITOREsAs pesquisas mostram, ainda, que os cantores de Grupo de Louvor possuem pouco conhecimento sobre o uso da voz; que o fazem de maneira inadequada e abusiva; que possuem algum conhecimento de higiene vocal, embora freqüentemente apresentem hábitos inadequados e realizem comportamentos prejudiciais à saúde vocal, deixando InTRODuçãOO uso da voz no exercício religioso demanda flexibilidade e saúde vocal para responder às necessidades e condições de produção vocal, de expressividade e de ajustes vocais e corporais [1][2][3] condizentes aos diferentes propósitos, contextos, locais e condições de produção.No meio evangélico, o Grupo de Louvor é uma das funções e manifestações mais importantes da voz cantada nas programações da igreja. Trata-se de um serviço composto por fiéis que têm interesse pela música e pelo canto, sendo eles cantores (leigos e/ou profissionais da voz) e músicos (baterista, tecladista, guitarrista, baixista, violonista, percussio-
RESUMOObjetivo: apresentar o relato de experiência de um grupo de Vivência de Voz realizado por fonoaudió-logos com profi ssionais e trabalhadores de um hospital. Métodos: análise retrospectiva do processo de um Grupo de Vivência de Voz realizado com 20 profi ssionais de um hospital do interior de São Paulo, com foco analítico nos objetivos e atividades realizadas. Resultados: foram contemplados os seguintes temas e objetivos: percepções dos sujeitos acerca da própria voz; uso profi ssional da voz e contextos e condições de trabalho; aquecimento vocal; impactos da voz/fala/comunicação/linguagem e da expressividade nas relações profi ssionais; possibilidades de mudanças. As ações educativas, contextualizadas nas condições, ambiente e organização do trabalho, possibilitaram gerar espaços de descobertas e de construção coletiva do conhecimento acerca do processo de trabalho no hospital e o grupo se mostrou como espaço social importante e efetivo para a sensibilização dos profi ssionais e trabalhadores do hospital em relação à voz/saúde vocal e aos seus impactos nas interações e nos processos comunicativos implicados no trabalho em saúde. Conclusão: afi rma-se a importância da Fonoaudiologia na promoção de ambientes saudáveis e de processos comunicativos favoráveis à humanização das relações e melhoria do acesso e qualidade no acolhimento e atendimento em saúde. Piracicaba e são conduzidos por alunos do último ano do curso, sob supervisão de docentes especialistas em voz e desenvolvidos de maneira processual, em encontros semanais de uma hora e meia de duração. Destes grupos participam pessoas de todas as idades que fazem uso profi ssional ou cotidiano da voz, interessadas em conhecer, aprimorar, cuidar da voz, promover a sua saúde e desenvolver a sua expressividade. Nestes grupos, a voz é trabalhada de maneira coletiva, sob uma perspectiva que considera as suas condições de produção, ou seja, que leva em conta aspectos da subjetividade, da historicidade, da cultura, do ambiente social e profi ssional e da qualidade de vida dos sujeitos. O trabalho é desenvolvido por meio de ações educativas de característica dialógica, democrática, participante, problematizadora e transformadora que possibilitam, a tais grupos, constituírem-se como espaços sociais de ensino-pesquisa-extensão com potencial para favorecer processos de mudanças, trocas de experiências, vivência, refl exão, criação INTRODUÇÃO Os grupos de Vivência de Voz integram as ações da disciplina Estágio em Fonoaudiologia Comunitá-ria I e II do Curso de Fonoaudiologia da UNIMEP/ DESCRITORES:
OBJETIVO: caracterizar, em desenhos e depoimentos sobre a voz, os aspectos de percepção e de conhecimento vocal em participantes de grupos de vivências de voz. MÉTODOS: análise documental de relatórios finais de quatro grupos de Vivência de Voz realizados nas disciplinas Estágio em Fonoaudiologia Comunitária I e II de um Curso de Fonoaudiologia para análise de conteúdo dos desenhos e depoimentos escritos de 53 sujeitos. RESULTADOS: as categorias identificadas pela análise dos desenhos e dos depoimentos foram: imagem vocal ou valoração atribuída à voz com freqüência da imagem/valoração positiva nos desenhos e negativa nos depoimentos. Quanto aos atributos vocais, houve freqüência do atributo auditivo-proprioceptivo, com menor ocorrência dos atributos sócio-cultural, psico-emocional e profissional. Os parâmetros vocais com maior ocorrência foram os de loudness, pitch, articulação e qualidade vocal. CONCLUSÃO: desenhos e depoimentos escritos sobre a voz se mostram como recursos que podem possibilitar a expressão da percepção e conhecimento dos sujeitos acerca da sua voz e necessitam ser melhor explorados nas ações educativas fonoaudiológicas que prezam pela troca de saberes, diálogo e participação ativa dos sujeitos, coerentes com a perspectiva da promoção da saúde.
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