Trata-se de apresentar a metodologia das Narrativas Orais de Histórias de Vida e suas relações com comunicacão e inovação, considerando as narrativas orais dos sujeitos artífices da própria história, suas subjetividades e suas memórias. O objetivo é discutir como os relatos de histórias de vida, expressos pela narrativa oral do sujeito, podem ser objetos da comunicação e identificar o aspecto de inovação desse método na comunicação. Parte de uma discussão teórica da bibliografia e conclui que a subjetividade é o principal elemento inovador da comunicação nessa proposta metodológica.
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) Resumo: Investigamos como as memórias transitam de uma mídia a outra, partindo, em ordem cronológica, do texto da memória (manuscritos e relatos orais) de Ingrid Koster para o texto do livro, Ingrid, uma história de exílios, publicado em 2010. Verificamos as adaptações, silenciamentos e acréscimos na construção dos textos da memória no livro, comparando-os nas diferentes mídias. Mostramos que as memórias e seus suportes midiáticos, cada vez mais deslizantes, são atravessados por esses acréscimos imaginados e documentados e por supressões de natureza emocional e política. Edward Said, com "exílios", Lucia Santaella, com "cultura midiática" e "deslizamentos", Beatriz Sarlo, com "memória" e "testemunha", Walter Benjamin, com "narrativa e cura" dão sustentação teórica à análise.Palavras-Chave: memória; mídias; narrativas de história de vida.Abstract: Medias' sliding: text memory, history book and life history narratives in Ingrid, uma história de exílios -We investigate how memories move from one media to another, starting, in chronological order, from the memory text (i.e. manuscripts and oral testimony) by Ingrid Koster and ending with the text of the book, Ingrid, uma história de exílios, published in 2010. We checked out the adjustments, the omissions and the additions made in the construction of memory texts in this book, comparing them in different medias. We demonstrate that memories and their medias, which are increasingly sliding one over other, are crossed by imagined and documented additions and by deletions of emotional and political nature. Edward Said's "exiles", Lucia Santaella's "media culture" and "slips", Beatriz Sarlo's "memory" and "witness" and Walter Benjamin's "narrative and healing" give theoretical support to the analysis.
Resumo:O tema do internamento de alemães, japoneses e italianos em campos de concentração para civis no Brasil, sob a condição de prisioneiros de guerra, nos remete a diversas questões sobre prisões e liberdades, sobre sentimentos nacionais, sobre política nacional e internacional. A condição de prisioneiros de guerra foi imputada aos "súditos do Eixo" em dois planos políticos: o primeiro voltado à construção do projeto nacional moderno para o Brasil e o segundo, voltado para a busca de um lugar de destaque no contexto internacional. Essa questão abriu, no interior do governo Vargas, uma discussão que permite perceber as divergên-cias de posições, as cisões e os embates de políticos num momento de desarticulação do Estado Novo (1942)(1943)(1944)(1945). Esse texto volta-se, mais especificamente, para o quadro da política brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, na tentativa de apontar as fissuras internas do governo Vargas, que foram visíveis no tocante ao tratamento de questão tão delicada à época: o internamento de "súdi-tos do Eixo". Mergulhar nas motivações e trazer à tona os interesses do governo Vargas, em relação ao tratamento dispensado aos estrangeiros do Eixo no Brasil, durante a guerra, contribuem para compreender o envolvimento do país no conflito, para perceber as rachaduras e fissuras no interior da elite política e governamental que teve dificuldade em lidar, em âmbito internacional, com a problemática do internamento de civis e com as regras dos Direitos Humanitários de Genebra.Palavras-Chave: Prisioneiros; II Guerra Mundial; Direitos de Genebra; Governo Getúlio Vargas; Política Abstract:The theme of the internment of the Japanese, German and Italian civilians in concentration camps in Brazil, under the condition of prisoners of war, leads us to various questions related to imprisonment, civil liberties, nationalism and international and national politics. The prisoners of war status was imposed upon 1 Uma versão anterior deste artigo foi originalmente apresentada no Seminário Internacional "Relações
O holocausto ainda é um tema que reverbera e é apropiado pela e na mídia. <strong>O diário de Helga </strong>(2013) e <strong>As meninas do quarto 28</strong> (2014), publicados no Brasil, são dois exemplos. Os paratextos “Nota do Organizador”, “Entrevista com Helga Weiss”; “Prefácio” e “Prólogo”, respectivamente, tratam das maneiras pelas quais os relatos orais e os manuscritos, localizados após o término da Segunda Guerra Mundial, expressam a memória das sobreviventes e a maneira pela qual foram organizados. Analisados em maior profundidade que o restante das obras e com o suporte dos estudiosos da memória, concluímos que a intervenção direta desses interlocutores, que cumpriram o papel de mediadores entre autores, obra e leitores, reagrupou lembranças individuais, modulou recepções e alimentou a indústria editorial brasileira.
O objetivo desse artigo é analisar a narrativa oral de um operário ligado ao Sindicato dosMetalúrgicos do ABC e sua atuação na Tribuna Metalúrgica e no Suplemento para entendera construção de sua memória sobre a produção e distribuição do jornal quando estevesob intervenção, durante a ditadura militar no Brasil. Concluímos que o depoente evocouuma memória com vestígios datados, enquadrada e coletiva, condizente com a memóriainstitucional do Sindicato e que a história oral é um método que contribui para as pesquisasempíricas em comunicação e suas relações com a história.PALAVRAS-CHAVE: MEMÓRIA; HISTÓRIA ORAL; SINDICALISMO; TRIBUNA METALÚRGICA.
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