Este trabalho visa identificar os fatores associados a óbitos de adultos hospitalizadas com aids. Para isso, foi realizado estudo do tipo transversal, desenvolvido mediante dados secundários obtidos de prontuários hospitalar de 263 adultos com diagnóstico de aids em Fortaleza, Ceará. As variáveis sociodemográficas e clínicas foram consideradas preditoras e o óbito foi a variável desfecho. Foram expressas as frequências absoluta e relativa de cada variável e aplicados os testes exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson. Os fatores relacionados significativamente ao risco de óbito entre adultos foram: ensino fundamental incompleto (p = 0,001, OR = 1,85; IC = 1,02-3,37), estar afastado do trabalho (p = 0,039, OR = 1,59; IC = 0,81-3,23), possuir doença renal (92%; OR = 3,05; IC = 1,49-6,59), sífilis (85%; OR = 3,05; IC = 1,49-6,58), herpes simples (95%; OR = 3,98; IC = 1,16-19,01), histoplasmose (82%; OR = 0,22; I.C = 0,09-0,46), última contagem de LTCD4 < 200 (p = 0,002; OR = 3,35; IC = 1,37-9,20), queixas de dispneia e febre na admissão hospitalar (p < 0,001; OR = 0,74; IC = 0,20-2,67), tempo de internamento até sete dias (p < 0,001; OR = 0,12; IC = 0,03-0,33), primeira admissão no hospital (p = 0,002; OR = 2,15; IC = 1,31-3,55), acima de três internações no hospital (p = 0,003; OR = 3,09; IC = 1,43-6,88), ter sido internado em UTI (p < 0,001; OR = 0,12; IC = 0,04-0,28), ter realizado hemodiálise (p < 0,001; OR = 0,09; IC = 0,02-0,24), ventilação mecânica (p < 0,001; OR = 0,06; IC = 0,02-0,14) e recebido hemocomponentes e/ou hemoderivados (p < 0,001; OR = 0,18; IC = 0,10-0,32). Com esses dados, concluímos que os óbitos de adultos com aids aconteceram majoritariamente entre pessoas com condições sociodemográficas vulneráveis e com incidência considerável de doenças oportunistas, com demandas de cuidados intensivos.