Introdução: As boas práticas de manipulação são regulamentadas pela RDC 67/2007, sendo critérios exigidos para manter qualidade, segurança e eficácia do produto final aos pacientes. É importante que todos os processos de manipulação validados estejam alinhados entre a equipe, impedindo desvios de qualidade ou falhas na segurança do processo, sendo necessários treinamento e educação continuada para melhoria constante. Objetivo: Padronizar o processo de boas práticas de manipulação por meio de acompanhamento quadrimestral utilizando formulário de avaliação de conformidade e não conformidade. Método: Estudo observacional desenvolvido entre janeiro de 2021 a janeiro de 2022 em que foram realizados três acompanhamentos e foram avaliadas as técnicas de preparo de 22 manipuladores de uma central de manipulação de um Hospital Público Oncológico de São Paulo. As avaliações ocorreram a cada quatro meses sendo analisados 14 pontos com a finalidade de verificar as conformidades e não conformidades dos pontos críticos do processo de preparo dos quimioterápicos, de forma a observar o desempenho individual e coletivo da equipe. Os manipuladores foram submetidos ao acompanhamento de 10 preparações, sendo registrados em formulário de avaliação. Após os acompanhamentos foi realizada análise dos dados e feedback com os manipuladores. Os resultados de cada manipulador foram pontuados e convertidos em porcentagem. O índice de conformidade da equipe foi expresso por uma média geral. Resultados: Após os três acompanhamentos foi possível avaliar as técnicas de manipulação, fazendo as correções individuais que levaram a melhoria do processo, aumentando a segurança para o paciente. Os índices de conformidade do primeiro, segundo e terceiro acompanhamento foi de 91,36%, 93,54% e 93%, respectivamente, mantendo alto nível de conformidade dos processos. Conclusão: Através do acompanhamento dos manipuladores, foi possível estabelecer um instrumento de avaliação que avalia o nível de conformidade do processo de manipulação, permitindo incluir melhorias e por consequência trazer confiabilidade, segurança e qualidade no processo de preparo dos quimioterápicos.
Introdução: Auditoria interna é um processo sistemático utilizado como ferramenta da qualidade para identificar não conformidades, fornecendo informações para melhorias no desempenho de processos. Os serviços farmacêuticos de terapia antineoplásica devem seguir uma série de normas para atender os requisitos mínimos para a manipulação dos quimioterápicos e adotar à essas resoluções, influi não somente em aderir normas regulamentares, mas também na qualidade da produção desses medicamentos. Em detrimento das boas práticas, as Resoluções da Diretoria Colegiada nº 67 de 08 outubro de 2007 que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação e a nº 220 de 21 de setembro de 2004 que dispõe sobre o Funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica, evidenciam a importância da aplicação de sistemas de gestão da qualidade. Diante deste contexto, o emprego de auditorias internas se faz necessário para a melhoria contínua de processos e atendimento às normas, contribuindo constantemente para a gestão da qualidade dos serviços farmacêuticos. Objetivo: Demonstrar através de dados obtidos nos anos de 2020 e 2021, a eficácia da auditoria interna como ferramenta da qualidade em apoio a gestão farmacêutica no setor de farmacotécnica-quimioterapia de um hospital público oncológico de grande porte da cidade de São Paulo – SP. Métodos: As auditorias foram realizadas a cada 3 meses com uma análise quali-quantitativa através dos relatórios de inspeção e de dados quantitativos obtidos por meio de um checklist eletrônico com um total de 471 dados classificados em imprescindível, necessário, recomendável e informativo. Os dados foram analisados estatisticamente e processados através de ferramentas como o Excel® para elaboração de indicadores. Resultados: A extrapolação dos dados resultou em uma queda de 48,21% no total de não conformidades em 2021 com relação ao ano de 2020 e uma queda de 29,34% nas não conformidades especificamente de caráter imprescindível e necessário, categorizadas como itens de prioridade. Conclusão: Foi possível quantificar a variabilidade de não conformidades, estabelecer prioridades e instituir planos de ação para correção, resultando na redução de não conformidades e no aumento da qualidade dos processos no setor com uma maior adesão da equipe aos procedimentos pré-estabelecidos, assim como a resolução de problemas apontados nas auditorias hospitalares, como as realizadas pelo Serviço de Controle de Infeção Hospitalar, com redução de 37,77% de um total de 47,77% na incidência das não conformidades apontadas, bem como o emprego de novos processos e apoio para aprovação de novos projetos.
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