Objetivo: investigar a duração do sono (DS), a frequência de despertares noturnos (DN) e o consumo de alimentos açucarados no primeiro ano de vida e verificar a associação entre o consumo desses alimentos e a má qualidade do sono. Métodos: a população do estudo foi composta de 179 crianças integrantes de uma coorte de nascimentos de Rio Largo-AL. As mães foram questionadas sobre a oferta regular de alimentos açucarados (açúcar/farinhas de cereais instantâneas com açúcar/bebidas açucaradas/doces) e o sono foi investigado pelo questionário traduzido e validado Brief Infant Sleep Questionnaire. Foram considerados indicadores de má qualidade do sono DS<12h e DN>2. Os testes de qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher foram adotados para verificar associações entre o consumo de açucarados e a má qualidade do sono aos seis e 12 meses (p<0,05). Resultados: mais da metade das crianças apresentou DS<1 2h (60,3%) e cerca de ¼ DN>2. O consumo regular de pelo menos uma das categorias de açucarados foi verificado entre 50,6, 91,1 e 100% das crianças aos três, seis e 12 meses de idade, respectivamente. Não foram encontradas associações entre o consumo desses alimentos e os indicadores de má qualidade de sono. Conclusão: o consumo de açucarados e a má qualidade de sono foram frequentes em nosso estudo, no entanto, não se identificou associação entre as variáveis. Mais investigações são necessárias para elucidar como o sono e a alimentação se inter-relacionam e se potencializam mutuamente como fatores determinantes do crescimento e desenvolvimento de lactentes.
Objective: The aim of this study was to investigate the association between iron deficiency anemia and sleep duration in the first year of life. Methods: A total of 123 infants were investigated, with sleep being evaluated at 3, 6, and 12 months of age and anemia at birth and 6 months. The cutoff points for anemia and short sleep duration were hemoglobin <11 g/dL (at birth and/or 6 months) and <10 h (at 3, 6, and 12 months), respectively. The comparison of the average sleep time between infants with and without anemia was performed using the Student’s t-test, and logistic regression models were also used to verify differences in the sleep duration (short/not short) between the groups. Linear regression analyses were conducted to determine the association between sleep duration and hemoglobin values. The analyses were adjusted for potential confounders. Results: Children with anemia were more likely to be short sleepers [odds ratio (95% confidence interval (CI)): 4.02 (1.02–15.76); p≤0.05], and for each unit increase in hemoglobin values, the sleep duration increased by 16.2 min [β (95%CI): 0.27 (0.00–0.55); p≤0.05), regardless of family income, maternal schooling, gender, and body mass index at birth. Conclusions: Our results suggest that iron deficiency anemia is associated with short sleep duration in the first year of life and indicate the need for longitudinal investigations, with longer follow-up, to verify the impact of anemia on sleep duration at subsequent ages.
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