RESUMOAvaliaram-se o consumo, a digestibilidade aparente e o comportamento ingestivo de ovelhas no terço final de gestação com dietas contendo diferentes níveis de fibra em detergente neutro forrageiro (FDNf). Foram utilizadas 16 ovelhas adultas da raça Santa Inês, distribuídas em um delineamento inteiramente ao acaso, com quatro tratamentos: 9, 17, 26 e 35% de FDNf. Os consumos de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, energia bruta, energia digestível e energia metabolizável não foram influenciados pelos tratamentos, e os consumos de fibra em detergente neutro (FDN
INTRODUÇÃOFibra é um termo meramente nutricional, e sua definição está vinculada ao método analítico empregado na sua determinação. Quimicamente, a fibra é um agregado de compostos e não uma entidade química distinta, portanto a composição química da fibra é dependente da sua fonte e da metodologia usada na determinação laboratorial (Mertens, 1992). Embora o papel da fibra na disponibilidade de energia e fermentação ruminal seja frequentemente reconhecido, o seu papel na regulação do consumo não tem sido muito bem aceito. Muito da controvérsia é devido à falta de reconhecimento da complexidade e das interações de compensações que ocorrem ao se
O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Lavras. Foram utilizados 64 cordeiros. Após o nascimento, os animais foram distribuídos em quatro tratamentos: Dieta A -8,67; Dieta B -17,34; Dieta C -26,01 e Dieta D -34,68% de FDN proveniente da forragem (FDNf) na dieta. Aos três dias de idade, os cordeiros foram separados de suas mães e passaram a receber substituto do leite de ovelha até o desaleitamento aos 55 dias. As dietas experimentais utilizadas foram isonitrogenadas, balanceadas para atender às exigências nutricionais de cordeiros em crescimento, exceto energia. Foram conduzidos quatro ensaios de digestibilidade das dietas utilizadas, para determinação da energia metabolizável (EM), em diferentes idades (43, 83, 123 e 173 dias de vida). As variáveis biométricas analisadas foram peso vivo, peso dos testículos, volume e circunferência escrotal. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados (DBC) em arranjo fatorial 4 x 4 (quatro níveis de FDNf na dieta e quatro idades de abate), com 4 repetições por tratamento. A estimativa da circunferência escrotal através do peso vivo mostrou ser mais eficiente do que em função da idade. A predição do peso e das dimensões dos testículos através da circunferência escrotal mostrou ser mais eficiente do que através da idade e do peso vivo. Os animais que receberam as rações com menos fibra de origem forrageira, isto é, com maiores quantidades de energia, apresentaram melhores resultados de biometria testicular em relação aos que consumiram menores quantidades de energia.
Avaliou-se a evolução do peso testicular de cordeiros Santa Inês, alimentados com diferentes níveis de energia. Foram utilizados 64 cordeiros, distribuídos em quatro tratamentos: A - 8,7%; B - 17,3%; C - 26,0% e D - 34,7% de fibra em detergente neutro (FDN), proveniente da forragem na dieta, determinando a variação no consumo de energia metabolizável. Quatro animais de cada tratamento foram abatidos nas idades pré-determinadas de 43, 83, 123 e 173 dias de idade. Os testículos foram separados dos respectivos epidídimos e pesados separadamente. Os animais que receberam as dietas A e B foram os que apresentaram maior consumo de energia metabolizável (14,11Mcal/PV0,75), os mais pesados (18,89kg e 17,09kg, respectivamente) e os de maiores pesos dos testiculos (62,54g e 27,16g, respectivamente), indicando que o desenvolvimento testicular é altamente dependente do desenvolvimento corporal e da quantidade de energia metabolizável consumida. A predição do peso dos testículos por meio da circunferência escrotal mostrou ser mais eficiente do que por meio da idade e do peso vivo dos animais.
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