A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo o território nacional. O estudo tem como objetivo avaliar o impacto no cotidiano das pessoas atingidas com manifestações de hanseníase na região cabeça e pescoço. Trata-se de um estudo do tipo exploratório descritivo com abordagens qualitativa, realizado em uma Unidade de Referência em Saúde para tratamento de hanseníase, em Maceió. Foi aplicado um formulário semiestruturado referente aos impactos no cotidiano dos participantes atingidos pela hanseníase. Foram identificados 6 fatores que se destacaram e dizem respeito ao impacto da hanseníase no cotidiano desses pacientes. A partir dessa percepção, foram geradas 6 categorias temáticas, a saber: Trajetória percorrida até chegar ao diagnóstico de hanseníase; Vivência e sentimentos das pessoas atingidas pela Hanseníase; Mudanças ocorridas no convívio social, familiar e profissional; Impacto das manifestações na região de cabeça e pescoço no cotidiano das pessoas atingidas pela hanseníase; O estigma e o meio social; e, Superação das dificuldades decorrentes das manifestações na região de cabeça e pescoço. Por fim, a hanseníase causa um impacto significativo na vida e cotidiano das pessoas atingidas. O diagnóstico precoce, tratamento adequado e acompanhamento multidisciplinar contínuo e qualificado são de suma importância.

Esta pesquisa teve por intuito realizar uma revisão integrativa sobre a influência exercida pelos tratamentos bucais na vida de pessoas com transtorno mental. Objetivou-se destacar a predisposição que esses indivíduos possuem em adquirir problemas bucais, a dificuldade deles em acessar a rede odontológica e a educação em saúde bucal que se faz necessária tanto para esses indivíduos, quanto para os profissionais da odontologia. A busca dos artigos foi feita na base de dados da PUBMED, nos idiomas inglês, espanhol e português, com a utilização de descritores e operadores booleanos e 12 artigos constituíram a pesquisa, visto que se encontravam em consonância com os critérios previamente estabelecidos. Entre as descobertas mais relevantes se destaca a facilidade desses pacientes com transtornos mentais em desenvolver complicações na boca ao longo da vida quando em comparação com pessoas sem transtornos, devido a questões medicamentosas e da rotina diária de cada um desses grupos. Da mesma forma, barreiras financeiras e sociais também desempenham um papel importante nos obstáculos de acesso e nas problemáticas da continuidade do tratamento bucal de pessoas com transtornos mentais. Além disso, investir na educação em saúde bucal desses pacientes e melhor capacitar os profissionais da odontologia para tratá-los faz com que haja uma melhora significativa na autoestima e no cuidado bucal dessas pessoas, podendo assim se enxergarem como protagonistas de suas próprias vidas.