Este artigo objetiva realizar uma análise empírica dos determinantes internos e externos do crescimento (produtividade e PIB industrial), bem como apontar os principais fatores do desempenho, captados pelas exportações no Brasil, para o período de 2000 a 2018, destacando uma variável para a qualidade das exportações. A metodologia consiste em uma análise empírica realizada por meio de uma série de Modelos Auto Regressivos de Defasagens Distribuídas (ARDL) para cointegração. Os resultados encontrados sugerem que as variáveis apontadas como obstáculos ao crescimento, de fato, exerceram no longo prazo impactos negativos sobre a produtividade e o PIB industrial. Para as exportações de bens manufaturados a taxa de câmbio e a evolução dos preços foram componentes com impacto negativo para o desempenho exportador, enquanto a renda mundial como esperado foi um fator positivo, por fim a qualidade das exportações explicitou que a nossa composição da pauta exportadora é pouco propícia ao crescimento industrial.
Since the 2000s, it is possible to notice a significant increase in Brazilian exports of natural resource-based goods, especially crude oil exports, which became the second most exported product by the country in 2018. Allied to this, the discovery of oil in pre-salt reserves and the increase in international commodity prices, while providing comparative advantages for Brazil in the international trade of this product, raises concerns about the deepening of the specialization process in the exportation of primary products. This paper based is on two lines of research: the first examines the hypothesis raised of specialization in crude oil exports through the elaboration of sectoral specialization indicators in the period 2000-2018. The second line investigates the causes of the increased participation of oil in the export basket through an empirical estimation of the main determinants of oil exports. The results obtained indicate an ongoing specialization process in oil exports to Brazil in recent years. For the second line of investigation, the evidence derived from the estimation of ARDL models indicates that, in the Brazilian case, the sector benefits, above all, from short-term increases in international market prices, while in the long-term world income growth becomes the main factor inducing export performance.
É possível notar um aumento expressivo da participação dos produtos primários na pauta exportadora brasileira ao longo dos anos 2000, com destaque para o petróleo bruto, que se torna o segundo produto mais exportado em 2019. Neste contexto, este artigo investiga os principais determinantes das exportações brasileiras de petróleo bruto, utilizando modelos ARDL com dados de 2000 a 2019, a fim de inferir a contribuição do setor para a sustentação da hipótese de reprimarização da economia no longo prazo. Os resultados obtidos apontam que, no caso brasileiro, o setor beneficia-se, sobretudo, de elevações da renda (demanda) e dos preços externos no curto prazo. No longo prazo, o efeito positivo da renda externa permanece, somado à melhoria do quadro institucional e ao aumento da capacidade produtiva dada pela descoberta das reservas do Pré-sal.
As exportações brasileiras de petróleo bruto apresentaram ótimo desempenho a partir dos anos 2000, sendo que o produto se tornou o segundo mais exportado pelo país em 2018. Aliado a isso, a descoberta do petróleo nas reservas do Pré-sal e o aumento dos preços internacionais das commodities, ao mesmo tempo em que proporciona vantagens comparativas para o Brasil no comércio internacional deste produto, gera a preocupação sobre o aprofundamento do processo de especialização na exportação de produtos primários (reprimarização). Este trabalho busca verificar se o petróleo bruto vem adquirindo relevância no comércio internacional brasileiro por meio da elaboração de alguns indicadores de especialização das exportações no período 2000-2018. Os resultados obtidos indicam um processo de especialização em curso nas exportações de petróleo bruto para o Brasil nos últimos anos.
Este artigo realiza uma análise empírica de alguns obstáculos internos e externos ao crescimento da indústria, assim como os fatores determinantes do desempenho (exportações industriais), para o período de 2006 a 2018, destacando uma variável para a qualidade das exportações. A metodologia consiste em modelos autorregressivos com defasagens distribuídas (ARDL) para cointegração. Os resultados sugerem que as variáveis apontadas como obstáculos, de fato, exercem no longo prazo impactos negativos sobre o crescimento. Para as exportações, a taxa de câmbio e a evolução dos preços foram componentes com impacto negativo, enquanto a dinâmica da renda mundial é benéfica. Por fim, os resultados para a variável qualidade das exportações explicitam que a composição produtiva e exportadora é pouco propícia ao crescimento industrial.
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