O texto analisa a organização de políticas públicas para a profilaxia e o tratamento da sífilis na Paraíba, especificamente na cidade João Pessoa, ao longo da década de 1930. Num contexto em que se processavam reformas sanitárias a nível nacional, o Estado da Paraíba reformou os serviços de saúde pública ao longo do governo de Argemiro de Figueiredo (1935-1940). Com a organização de um Dispensário Noturno Antivenéreo, em 1938, os médicos sanitaristas imbuídos pela ideologia do trabalhismo se empenharam no combate à sífilis, considerada como uma doença que afetava a saúde do trabalhador, tornando-o improdutivo.
<p>Resumo: O presente artigo analisa os discursos médico-pedagógicos publicados na imprensa paraibana pelo Círculo Brasileiro de Educação Sexual (CBES), escritos pelo médico, autoproclamado sexólogo, José de Albuquerque sobre educação sexual ao longo da década de 1930. Em tais publicações encontravam-se informações e conselhos a respeito da questão sexual e da sexualidade voltados para a divulgação das ideias sobre educação sexual e sexologia fomentadas pelo referido médico com vistas a educar o público leitor das referidas publicações. Compreendemos que tais discursos se configuravam como práticas educativas a partir do momento que visavam incutir nos leitores daqueles jornais hábitos e pensamentos higiênicos pautados pelo saber médico a respeito do sexo e da sexualidade. A documentação produzida pelo CBES e publicada em jornais paraibanos, continha orientações para pais e professores a respeito de como tratar da educação sexual com crianças e jovens à luz dos problemas fisiológicos relacionados a sexualidade, bem como das doenças venéreas. Encontramos publicações feitas pelo CBES em dois periódicos paraibanos da época, a saber, o diário <em>A União</em>, de João Pessoa e o semanário <em>Estado Novo</em>, de Cajazeiras, ambos alinhados politicamente com os governos à nível estadual e federal. Partimos do pressuposto de que tais impressos concordavam com as ideias do dr. José de Albuquerque, contribuindo para a divulgação da sexologia em terras paraibanas. Metodologicamente, nos valemos das proposições de Michel Foucault (2012; 2015) sobre o conceito de biopolítica e a respeito da análise do discurso, para realizar nossas leituras e produzir interpretações, em um jogo de troca de sentidos entre o historiador e as suas fontes.</p>
O artigo analisa o combate à sífilis na cidade da Parahyba do Norte/João Pessoa entre 1921 e 1938. A partir da inauguração do Dispensário “Eduardo Rabello”, foram estabelecidas as primeiras políticas públicas na profilaxia e tratamento da doença, visando transformar higienicamente os hábitos da população. Em 1938, o Serviço de Profilaxia da Sífilis e Doenças Venéreas inaugurava o Dispensário Noturno Antivenéreo, que passou a oferecer profilaxia e tratamento gratuitos à noite para os trabalhadores da cidade. A documentação produzida na imprensa da época revela os enfrentamentos por parte de médicos e do poder público contra a sífilis, destacando a propaganda sanitária como prática educativa.
O artigo analisa os discursos médicos em torno da educação sanitária no combate à tuberculose durante a Semana da Tuberculose, realizada entre 16 e 22 de agosto de 1937, na cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. O encontro científico foi organizado pela Sociedade de Medicina e Cirurgia da Paraíba (SMCPB), contando com a apresentação de trabalhos originais e a realização de palestras educativas, particularmente através dos jornais e do rádio para a difusão de informações relativas à profilaxia da peste branca, que foram publicadas na íntegra pela revista Medicina, órgão oficial da SMCPB, em 1939. A tônica geral nos discursos foi a proposição de um plano de combate à peste branca no estado, que constava da organização de instituições profiláticas de onde melhor se difundiriam os preceitos higienistas no combate à tuberculose.
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