A Eugenia uniflora L., família Myrtaceae, é conhecida popularmente como pitanga (o fruto) e pitangueira, a árvore. Condições externas e internas são citadas como interferentes no conteúdo final de metabólitos secundários nas plantas medicinais. Este trabalho objetivou realizar o screening fitoquímico quali e quantitativo de diferentes extratos das folhas de Eugenia uniflora L. O material vegetal foi coletada no município Bagé/RS em fevereiro de 2021. As análises fitoquímica qualitativas foram realizadas através de reações clássicas de caracterização empregadas em farmacognosia. Para a análise quantitativa foram obtidos três extratos empregando diferentes formas de preparo: infuso e decocto aquoso e macerado etanólico 93%, todos com concentração de 5% (p/v). O teor de polifenóis foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteau e o doseamento de flavonoides totais foi realizado de acordo com a metodologia descrita na Farmacopéia Brasileira IV por espectofotometria. Foram identificados qualitativamente os metabólitos flavonoides, alcaloides, taninos e saponinas. Apenas os glicosídeos cardiotônicos apresentaram resultado negativo. Foi verificado ainda a presença de taninos hidrolisáveis. Entre os extratos testados, o infuso aquoso demonstrou menores valores aos demais tanto no doseamento de polifenóis (5,91 µg/g; decocto 10,69 µg/g e macerado 10,02 µg/g) quanto de flavonóides totais (0,47 mg/g; decocto 1,19 mg/g e macerado 2,59 mg/g) inclusive com variação estatística. Os resultados confirmam a influência de fatores internos (método de extração e solventes empregados) e externos na produção de metabólitos secundários das plantas. Supõe-se que a presença de taninos hidrolisáveis pode estar relacionada ao grande volume de chuva ocorrido.
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