O presente artigo objetiva analisar as noções de inserção civilizacional trazidas pelo atual Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, em seu artigo “Trump e o Ocidente”, e, também, as formulações do antropólogo Darcy Ribeiro sobre o mesmo tema, presentes em seu livro, “O Povo Brasileiro”. Compreendidas ambas as perspectivas, serão comparadas para que sejam ressaltadas as diferenças entre seus fundamentos. Enquanto Araújo se alinha a uma concepção que enquadra o Brasil como aliado dos Estados Unidos no processo de restauração identitária do Ocidente, a obra de Darcy Ribeiro sugere que o Brasil deveria rumar em direção contrária para criar uma nova civilização denominada “neolatina”, afirmando uma identidade propriamente latino-americana e pós-ocidental
O presente artigo objetiva analisar, a partir da consideração da elevação do poder da China enquanto ator hegemônico regional, qual é a tendência de transformação da ordem mundial durante o governo de Xi Jinping. Em um primeiro momento, o referencial teórico para explicar o contexto global contemporâneo será constituído pela obra de John J. Mearsheimer. Posteriormente, em contraposição, o mesmo tema será verificado através do conceito de Tianxia, que é abordado na obra de Tingyang Zhao. Por fim, as duas abordagens serão comparadas.
O presente artigo objetiva analisar a recente acusação feita por ONGs e veículos midiáticos ocidentais de que há “campos de concentração” para muçulmanos da etnia uigur na região autônoma de Xinjiang fazendo uma revisão seletiva dos conteúdos dessa afirmação. Para realizar tal tarefa, será adotada a teoria das Guerras Híbridas, que compreende que agitações midiáticas desse tipo são provocadas por atores internacionais conectados com os Estados Unidos para desestabilizar rivais geopolíticos. Nesse sentido, a narrativa chinesa acerca da realidade da região autônoma também é trazida à tona, exposta por porta-vozes do governo da República Popular da China e por veículos midiáticos que apresentam um cenário diferente ao público. Desconstruindo as referidas acusações, as abordagens adotadas trazem na conclusão outra perspectiva acerca da região de Xinjiang.
O presente artigo procura identificar uma incipiente contra-hegemonia chinesa a partir da história do governo de Xi Jinping (2013-). A categoria de contra-hegemonia desenvolvida por Robert Cox serve como referencial teórico e metodológico para que seja realizada uma interpretação da trajetória da estrutura histórica chinesa. A argumentação evoca aspectos conjunturais pertencentes aos níveis de análise doméstico e externo pertinentes às dimensões estrutural e superestrutural concebíveis com a obra de Cox. As articulações sociais selecionadas que apresentam capacidade para produzir uma nova ordem internacional chinesa de caráter contra-hegemônico são: uma forma de Estado inovadora, uma política externa multilateralista e institucionalista, o “Consenso de Pequim” e a Iniciativa Cinturão e Rota. Uma grande estratégia de longo prazo em torno do objetivo de ascensão pacífica aponta para uma estrutura histórica contra-hegemônica ainda embrionária no governo de Xi Jinping.
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