Objetivo: Identificar os malefícios e a toxicidade do uso da ivermectina em doses maiores do que as doses terapêuticas, bem como correlacionar seu uso, em doses mais elevadas do que as terapêuticas convencionais, como forma de prevenção para a COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, com abordagem qualitativa e natureza aplicada, objetivando a descrição da análise de dados coletados sobre o uso inapropriado da Ivermectina no tratamento da COVID-19 e seus efeitos adversos. Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e do PubMed, na qual foram priorizados artigos/estudos publicados nos últimos 5 anos, que retratassem temática convergente aos objetivos da pesquisa, anexados nos idiomas: português, inglês e espanhol. Desse modo, foram selecionados 17 artigos para leitura, os quais constituem esta revisão de literatura. Resultados: 25,52% dos estudos selecionados abordaram os principais efeitos adversos advindos da terapia convencional com Ivermectina, os quais, em sua maioria, são sintomas gástricos e neurológicos leves, como náuseas, vômitos, cefaleia e vertigens. Dito isso, observou-se também que em 35,29% dos estudos analisados indicam o sucesso da Ivermectina em reduzir o material genético viral do SARS-CoV-2, in vitro. Entretanto, ao se considerar o organismo humano a dose utilizada nos estudos in vitro torna-se inviável, pois proporcionalmente seria necessária uma dose de 1000 a 1200mg, logo tal dose aplicada em humanos poderia levar a intoxicação, cujo sintomas são ataxia e convulsões. Dentre os demais sintomas correlacionados ao tratamento com Ivermectina também observou-se a presença de bradipneia, tremores, ptose, redução de atividade e midríase, estes em doses acima da convencional. Conclusão: Diante dos estudos sobre a eficácia da Ivermectina como prevenção e resolução da COVID-19 e dos estudos que relatam sua toxicidade e malefícios em altas doses, pode-se concluir que ainda não há confirmação de eficácia do seu uso em humanos para tratamento e prevenção antiviral.