Introdução: O ambiente da UTI é considerado o foco das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Isso deve-se a particularidades desse ambiente como a utilização de dispositivos invasivos, uso de imunossupressores, período de internação prolongado, colonização por micro-organismos resistentes, prescrição de antimicrobianos e a própria característica do ambiente da UTI, além da condição clínica do paciente. O conhecimento do perfil bacteriano de cada cultura norteia a equipe médica no tratamento inicial das infecções. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi verificar a ocorrência e o perfil bacteriano presente em pacientes internados na UTI de um hospital universitário. Material e métodos: O estudo foi realizado através da análise de exames de secreções traqueais, hemoculturas e uroculturas de pacientes internados no período de janeiro a junho de 2018. Os dados foram coletados por meio de impressos laboratoriais do próprio serviço e tabulados na planilha do Excel®, sendo divididos em amostras positivas e negativas, e realizada análise descritiva com valores absolutos e percentuais. Resultados: Em geral, as bactérias de maior ocorrência foram Acinetobacter baumannii (20,3%), Pseudomonas aeruginosa (19,7%), Klebsiella pneumoniae (15,1%), Staphylococcus aureus (11,9%), Staphylococcus coagulase negativa (7,2%) e Escherichia coli (5,7%). As espécies bacterianas com maior resistência foram Acinetobacter baumanni, Klebisiella pneumoniae, aPseudomonas aeruginosa, Eschericia coli, Serratia marcencens e Enterobacter cloacae. Conclusão: Os dados deste trabalho permitem o conhecimento do perfil bacteriano encontrado nos pacientes internados, o que poderá nortear o tratamento das infecções e consequentemente diminuir a seleção de bactérias multirresistentes, auxiliando na prevenção e no controle das infecções hospitalares.