As espécies de Digitalis lanata e Digitalis mariana são exploradas industrialmente para a produção de digoxina e digitoxina, cardenolídeos empregados clinicamente na insuficiência cardíaca congestiva. Fatores ambientais, principalmente os fatores bióticos, interferem na produção vegetal. Problemas na produção convencional de Digitalis mariana por sementes têm afetado a produção de cardenolídeos pela planta. A cultura de tecidos vegetais é baseada na totipotencialidade das células e aplica diversas formas de cultura in vitro. Essa técnica tem sido usada para criar variabilidade genética e também micropropagação em larga escala de plantas para o mercado comercial. Em plantas, o selênio (Se) em baixas concentrações é benéfico para o metabolismo, e estimula o crescimento. Além disso há relatos que o Se pode ajudar as plantas a se manterem por mais tempo fisiologicamente ativas, aumentando a produção vegetal. Desta forma, objetivou-se avaliar a influência da aplicação de fontes de selênio no crescimento, teor de cardenolídeos totais e de pigmentos fotossintéticos de Digitalis mariana subsp. heywoodii cultivada in vitro. Foram testadas duas fontes de selênio: selenato de sódio e selenito de sódio nas concentrações de 0, 1, 10, 20, 50, 100 mg L-1. Após 40 dias foram avaliados o crescimento, produção dos pigmentos fotossintéticos e a cardenolídeos . A fonte mais indicada para a espécie é o selenato, bem como a melhor concentração é a de 1mg L-1, que promoveu crescimento na maior parte das variáveis avaliadas, além de aumentar a produção de clorofila a, clorofila b, carotenoides e cardenolídeos. O uso de selênio no meio de cultivo de D. mariana subsp. heywoodii pode ser uma alternativa para otimizar o cultivo da espécie in vitro.
Digitalis mariana (Plantaginaceae) é considerada nativa do Oeste, Sudoeste e Centro-oeste da Europa. É uma espécie de interesse medicinal, dado principalmente por seusglicosídeos cardiotônicos usados no tratamento de insuficiência cardíaca. Modificações no meio de cultivo podem ser realizadas para melhorar o cultivo in vitro. Tem sido relatado que o crescimento e desenvolvimento de plantas são afetadas pela aplicação de Silício. Desta forma, objetivou-se avaliar o crescimento, teor de cardenolídeos totais e pigmentos fotossintéticos em D. mariana cultivadas sob diferentes fontes e doses de Silício em meio de cultura. O material vegetal foi estabelecido in vitro. Após esse processo, foram testadas três fontes de Silício: silicato de Potássio, de Cálcio e de Sódio nas concentrações de 0, 0,5, 1,5, 4,5, 7,5, 10,5 mg L-1. Após 40 dias foi realizado a validação analítica e foram avaliados o crescimento, pigmentos fotossintéticos e cardenolídeos totais. As diferentes fontes e concentrações promoveram crescimento de parte aérea e raízes, aumentaram os teores de clorofila a, clorofila b, carotenoides e de cardenolídeos. O uso de 0,5 mg L-1 de silicato de sódio promoveu maior biomassa seca da folha e total. Silicato de cálcio e silicato de potássio na concentração de 4,5 mg L-1 promoveram maiores teores de cardenolídeos. O cultivo de D. mariana sob fontes de Silício em concentrações diferentes mostra-se uma técnica promissora para a otimização da produção de mudas e metabólitos secundários.
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