RESUMOIntrodução: A proporção de partos cesarianos no Brasil está muito além da preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o mesmo ocorrendo em um Hospital Universitário de Porto Alegre, sul do Brasil. A taxa de cesáreas é considerada um indicador poderoso na avaliação da qualidade da assistência perinatal. Nosso objetivo foi analisar o padrão dos partos cesarianos e normais em um hospital universitário no período de 2004 a 2012 quanto à média de permanência, faixa etária da parturiente, taxa de infecção relacionada ao parto, tipo de pagador e idade gestacional.
Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, observacional, com dados coletados no Sistema de Indicadores de Gestão (IG) de um Hospital Universitário, abrangendo o período de 2004 a 2012.Resultados: A taxa de cesárea no hospital universitário nos anos analisados foi em média 33,21%. Em relação às cesarianas realizadas nesta instituição durante o período em estudo, observou-se que: há uma maior prevalência de cesáreas em mulheres acima de 40 anos, ocorreu um crescimento de partos cesarianos pré-termo, a média de permanência e taxa de infecção foram superiores em relação às mulheres submetidas ao parto vaginal, e houve predomínio de cesarianas na saúde suplementar quando comparada ao Sistema Único de Saúde.
Conclusão:As elevadas taxas de cesárea no hospital universitário, embora acima do recomendado pela OMS, são justificadas por se tratar de um hospital terciário e estão em conformidade com o padrão observado no país.
Palavras-chave: Gestão de qualidade; gestão em saúde; parto; cesárea
ABSTRACTIntroduction: Cesarean delivery rates in Brazil are beyond that advised by the World Health Organization (WHO), the same occurring in a university hospital of Porto Alegre, southern Brazil. The rate is considered a powerful indicator in evaluation the perinatal quality of care. Our goal was to analyze the pattern of vaginal birth and cesarean delivery rates at a university hospital in the period of 2004-2012 in terms of the average length of stay, mother age, birth-related infection rate, payer type, and gestational age.
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