Entre os anos de 2012 a 2015, o Brasil enfrentou uma condição de seca plurianual, atingindo diversos setores da sociedade civil. A redução da disponibilidade de água, especialmente no semiárido baiano, colocou em evidência as políticas hídricas públicas realizadas na Bahia, estado localizado na região Nordeste do Brasil. Nesse mesmo quadriênio crítico, em termos de baixas precipitações, os jornais locais realizaram a cobertura desse importante evento climático. O presente trabalho é baseado nas matérias publicadas por dois jornais de grande circulação no estado da Bahia. O objetivo foi analisar as notícias que abordavam os conceitos “combate à seca” e “convivência” com este evento e com o semiárido, publicadas pela mídia local. Para tanto, selecionou-se matérias veiculadas entre os anos de 2012 a 2015. Concluiu-se que a mídia permanece com a visão reducionista e fragmentada sobre o semiárido e o fenômeno da seca, não aderindo a uma importante abordagem desenvolvida a partir dos anos de 1990 por organizações sociais de convivência com a seca, que aborda princípios da sustentabilidade ambiental, econômica, social e cultural.
No estado da Bahia, onde a maior parte do território encontra-se no semiárido, a seca desencadeia impactos em diversos setores da sociedade, com grandes repercussões na agricultura. O objetivo do trabalho foi avaliar indicadores sociais e agrícolas que identifiquem a vulnerabilidade do agricultor do semiárido baiano à seca. Para tanto, escolheu-se quatro parâmetros, sendo eles: índice de manejo agrícola; índice ambiental, índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), e dados agrícolas. O presente trabalho concluiu que, ao lado das condições meteorológicas desfavoráveis, os fatores relacionados à falta de políticas públicas e a estrutura fundiária são extremamente importantes para se compreender os problemas regionais e a seca no semiárido brasileiro. Este fato demonstra que a vulnerabilidade do semiárido está para além das condições meteorológicas locais.
As regiões litorâneas constituem-se em áreas de grande fragilidade e vulnerabilidade devido aos processos naturais e a relação secular de ocupação destas zonas. As ações antrópicas podem resultar em danos irreversíveis; exemplos de danos aos ambientes costeiros são observados em todo o litoral brasileiro que impulsionam os conflitos de ordem ambiental e social. Em virtude deste cenário, este trabalho tem como objetivo de promover um processo de ordenamento de uso e ocupação do município de Alcobaça de forma eficaz a partir da execução de uma análise dos sistemas naturais na escala 1:50.000 utilizando a metodologia proposta por Rodriguez, Silva e Cavalcanti (2013), da Geoecologia da Paisagem, que a partir da articulação dos componentes antrópicos da paisagem foi possível identificar a predominância de dois vetores econômicos que predominam na polarização territorial em Alcobaça com grandes avanços. Os resultados mostram mudanças de forma significativa na dinâmica de uso e ocupação no município de Alcobaça durante os últimos anos. A vulnerabilidade social do município de Alcobaça, alinhada ao processo de monopolização do território por parte da monocultura de eucalipto desde o final da década de 1970, foi responsável pela elevada taxa de desemprego estrutural.
Atualmente, utiliza-se os recursos da natureza de forma exploratória, sem a projeção dos impactos que essa atitude pode ocasionar, gerando problemas de caráter social e/ou ambiental, podendo apresentar seus efeitos rapidamente ou em grande escala de tempo. No Haiti, constata-se que a região possui incapacidade de enfrentar qualquer problema de caráter ambiental, essa situação está relacionada diretamente com as atividades antrópicas. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo analisar a evolução temporal do uso e ocupação da terra do Arrondissement de Arcahaie, localizada a Oeste do Haiti. O Arrondissement é uma divisão administrativa do território haitiano que é composta por vários municípios. O método utilizado foi uma fotointerpretação sobre o recorte das Imagens Landsat 5 e Landsat 8, referente a área de estudo. Para o mapeamento foi utilizada a classificação supervisionada. As classes de uso e ocupação definidas foram: pastagem, cobertura vegetal, solo exposto, área cultivada, área urbana, mata natural. Os resultados mais significativos mostram mudanças na dinâmica de uso e ocupação da terra no Arrondissement de Arcahaie, durante 31 anos e consequentemente, podendo causar danos, muitas vezes, irreversíveis ao meio ambiente e comprometer a qualidade de vida da população. EVOLUTION ANALYSIS OF THE LAND USE AND OCCUPATION IN ARRONDISSEMENT OF ARCAHAIE-HAITI (1987, 1997 AND 2018)A B S T R A C TCurrently, the nature resources are used in an exploratory way, without the projection of the impacts that this attitude can cause, generating social and / or environmental problems, can present their effects quickly or in a large scale of time. In Haiti, it appears that their inability to face any environmental problem is directly related to anthropic activities. In this sense, the present research had as main objective to analyze the temporal evolution of the use and occupation of the land of the Arrondissement of Arcahaie, located to the West of Haiti. The Arrondissement is an administrative division of Haitian territory that decomposes several municipalities. The method used was a photointerpretation on the clipping of the Landsat 5 and Landsat 8 images, referring to the study area. Supervised classification was used for the mapping. The classes of use and occupation defined were pasture, vegetation cover, exposed soil, cultivated area, urban area, natural forest. The most significant results show changes in the dynamics of use and occupation in the Arrondissement of Arcahaie during the last 31 years and, consequently, can cause damage, often irreversible to the environment and compromise the quality of life of the population.Key words: Environmental impacts, Natural resources, Arrondissement of Arcahaie
O uso inapropriado dos recursos naturais resultou-se em algumas mudanças no conjunto dos elementos que compõem os ecossistemas e torna a população vulnerável a cenários tais como incêndios florestais, secas, furacões, tempestades tropicais, nevascas, enchentes e outros. No Haiti, historicamente, o país enfrenta problemas climáticos devido sua situação geográfica e o uso e ocupação inadequado do solo. Estes fatores podem contribuir para aumentar a sensibilidade local em relação a ocorrências de fenômenos naturais como terremoto, furacão, secas e enchentes. Desta maneira, esta pesquisa objetivou analisar a vulnerabilidade da republica do Haiti frente à eventos climáticos naturais durante os últimos décadas. Os resultados mais relevantes indicam que os anos de 2014 e 2015 foram marcados por uma longa seca que afetou quase todo o país, danificou severamente os meios de subsistência e a segurança alimentar do país.
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