A bovinocultura de corte destaca-se na economia nacional, crescendo cada vez mais no mercado cárneo mundial. O confinamento reduz a necessidade de área de produção, auxiliando na redução do impacto ambiental da atividade além do aumento da competitividade no setor. No sistema de produção com milho grão inteiro, os animais são alimentados com dieta à base de milho grão inteiro e núcleo protéico-mineral-vitamínico peletizado, dispensando o uso de volumoso. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do uso de milho grão inteiro e suplementação com minerais orgânicos na nutrição dos animais confinados sobre o consumo, desempenho, parâmetros de fermentação ruminal (pH, concentração de nitrogênio amoniacal e de ácidos graxos de cadeia curta). Foram utilizados trinta e seis novilhas de raça Nelore, com idade de vinte e quatro meses, e média de peso de 244,67kg. Os animais foram alojados em baias com dois animais por baia e distribuídos em dois tratamentos: pellet controle e pellet com inclusão de minerais orgânicos selênio e zinco e os aminoácidos colina, metionina e valina. Nos dois tratamentos o pellet tinha em sua composição 30% de PB, sendo a inclusão do pellet de 15% e 85% de milho grão inteiro. O experimento teve duração de 86 dias e o momento do abate foi determinado em função da deposição de gordura, acima de quatro milímetros, no músculo Longissimus dorsi utilizando ultrassonografia. Apesar da ingestão de matéria seca em média de 6 kg por dia, sem a inclusão de volumoso, os animais não apresentaram sinais de acidose, com valor médio de pH sanguíneo de 7.37, provavelmente em função da utilização do grão integral. Os animais apresentaram eficiência alimentar de 0,166 e não houve diferença significativa entre os tratamentos (P>0,05), rendimento de carcaça quente em média de 52%. Não houve diferenças significativas (P>0,05) em relação ao consumo de matéria seca, ganho de peso, parâmetros ruminais, número e severidade de abscessos hepáticos, entre o controle e o tratamento com minerais orgânicos. Não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos propostos, a dieta com milho grão inteiro.

This study was carried out to evaluate the effect of a blend of additives (choline, methionine, selenium, and organic zinc) on performance, feed efficiency, rumen parameters, and carcass traits of Nellore heifers finished with roughage-free diet. Nellore heifers (n = 36; average BW = 244±24.1 kg; average 24 months of age) were maintained in a feedlot system for 86 d. Heifers were separated into two groups: control and additive. Heifers in control group were fed a based diet composed of 850 g kg −1 corn grain and 150 g kg −1 of a mineral-vitamin-protein pellet. The additive group was fed a diet supplemented with a blend of choline, methionine, selenium, and organic zinc at 1,667, 4,000, 1, and 24.37 mg kg −1 of the diet dry matter, respectively. The animals were allotted to 18 pens (two heifers/pen), with nine pens per treatment. Heifers were weighed, blood samples were collected, ultrasonography examinations were performed periodically, and hot carcass and papillae samples were taken at slaughter. Data were analyzed as a completely randomized design. The model included the fixed effect of treatments (control and additive). Additive supplementation did not change dry matter intake, performance, or feed efficiency. There was no effect of additives on muscle or fat tissue deposition. Consequently, no changes in hot carcass weight and dressing were found. Overall, additive inclusion did not alter blood parameters, blood electrolyte balance, and rumen traits. Nellore heifers finished with roughage-free diets have no improvement on production traits nor in their rumen health by supplementation with a blend of choline, methionine, selenium, and organic zinc.