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O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica de alta prevalência no mundo, a qual é causadora de importante morbimortalidade devido às suas complicações sistêmicas. Dentre elas, inclui-se as manifestações musculoesqueléticas caracterizadas pelo comprometimento ósseo e de tecido mole periarticular. Relata-se o caso de paciente do sexo feminino de 48 anos com DM2 e hipertensa há 12 anos, a mesma foi encaminhada por meio de um projeto de pesquisa ao serviço de reumatologia. No atendimento médico, relata um quadro de dor crônica com início em 2015, principalmente da mão esquerda com parestesia em punho. Além disso, relata que o dedo anelar da mesma mão se torna rígido necessitando deslocá-lo para voltar a sua posição normal. Pelos achados de exame físico e de imagem constatou-se um diagnóstico de tendinite de Quervain, dedo em gatilho e síndrome do túnel do carpo. Espera-se com esse relato conscientizar outros profissionais da real importância do tema. Torna-se imprescindível a exploração de queixas musculoesqueléticas objetivando um diagnóstico precoce, evitando um comprometimento na qualidade de vida de pacientes semelhantes a esse.

O Camu-camu (Myrciaria dubia; Myrtaceae) é uma árvore frutífera da Amazônia que produz frutos globulares, que têm potencial terapêutico na prevenção de doenças cardiovasculares, e no controle de dislipidemia e obesidade. Dentre os fatores nutricionais protetores e preventivos para estas doenças crônicas, presentes nesses frutos, estão os compostos antioxidantes, destacando-se o ácido ascórbico e os compostos fenólicos. Neste âmbito, visando esse controle e melhor resposta metabólica, o presente estudo tem como objetivo central de avaliar bioquimicamente os pacientes com o consumo de nutracêutico, através de exames laboratoriais executados em laboratórios localizados em Manaus, Amazonas, e associados às amostras de sangue e urina dos pacientes participantes do estudo, sendo que esse fitoterápico tem como base o camu-camu, de acordo com os padrões de qualidade para o tratamento das dislipidemias em indivíduos com obesidade e esteatose hepática. Outrossim, voltado à utilização desse fruto para a execução desse controle, este estudo será realizado através da pesquisa experimental, duplo-cego, longitudinal, de cunho documental e descritivo, com 12 participantes na faixa etária de 18 a 65 anos, de ambos os sexos, portadores de obesidade e de esteatose hepática, atendidos no ambulatório de esteatose hepática Araújo Lima do Hospital do Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas em Manaus-AM. Desses participantes, dois grupos foram formados, um grupo experimental (GE) (n = 8) e um grupo controle (GC) (n = 4), sendo que o grupo experimental recebeu uma cápsula contendo camu-camu, contendo aproximadamente 442 mg de vitamina C por e o grupo controle recebeu cápsula (placebo), e ambos os grupos realizaram uma dieta hipocalórica equilibrada associada à prática regular de atividade física e acompanhados em consultas individuais, inserindo avaliação nutricional. Nesse contexto, o estudo demonstrou, com a utilização desses métodos, melhora significativa (p<0,05) dos indicadores do diagnóstico da síndrome metabólica, como os níveis de LDL-c e de colesterol total, assim como constatou uma diminuição da circunferência da cintura, dos níveis de triglicerídeos, TGO, ureia e ácido úrico e aumento dos níveis de HDL-c dos participantes do GE. Desta forma, recomenda-se a inserção deste fruto amazônico à dieta para melhor controle de alguns indicadores no desenvolvimento das doenças crônicas ligados à obesidade e suas complicações.