Considerando que, nos anos 2000, a teledramaturgia brasileira foi marcada por uma orientalização a partir do aumento da produção de obras televisivas que tematizaram o Oriente, este artigo objetiva refletir sobre a representação oriental construída na telenovela Caminho das Índias (2009) da Rede Globo. Constam nas fontes consultadas dois textos disponibilizados nos sites UOL Entretenimento / Televisão e Melhor a Cada Dia. Ambos discutem como a telenovela abordou a relação entre ocidentais e orientais, questionando a produção desta representação dos indianos. O artigo contribui para o fortalecimento de debates no campo da historiografia que tematizem as apropriações culturais e a circulação de discursos a partir de veículos midiáticos como a televisão.
A epistolografia caracteriza-se como uma forma essencialmente dialogada que expõe dados biográficos, literários e históricos e possibilita instituir uma proximidade a partir da continuidade da correspondência ou da tentativa de estabelecê-la. Tudo que pode ser dito e/ou escrito é capaz de ser objeto da carta, essas se expressam não só pelas palavras que contém, mas por elementos como os silêncios, portanto, são significativas para a compreensão das sociabilidades instituídas entre um conjunto de pessoas, que são ligados por interesses comuns, como os intelectuais. Nessa perspectiva, apresentamos considerações acerca da escrita epistolar, a partir da prática desenvolvida entre Luís da Câmara Cascudo e Mário de Andrade, atentando para o uso da epistolografia como espaço propício para o processo de criação intelectual e para o florescimento de relações afetivas fortes e duradouras.
A trajetória de Patrícia Rehder Galvão, conhecida popularmente como Pagú, concentra o exercício de múltiplas facetas, desde o desempenho do fazer literário, exemplificado na confecção de contos policiais, romance proletário e outras narrativas, perpassando ainda o engajamento político que, por sua vez, ocasionaria inúmeras prisões por motivações políticas. Neste artigo problematizamos como a minissérie Um só coração, transmitida pela Rede Globo de Televisão, a retratou, confrontando tal representação com a imagem vinculada por Rudá de Andrade fruto de seu relacionamento com Oswald de Andrade bem como com estudos biográficos que visam apresentá-la não só a partir de tal relação, mas também por meio do seu ativismo no campo político e das artes. Considerando isso, fazemos uso da noção de representação, a partir de Chartier (1990), refletindo acerca das práticas sociais que viabilizam a construção de representações sempre vinculadas aos interesses de grupos e espaços que as possibilitam.
As correspondências se configuram como espaços nos quais não há homogeneidade, sendo permeadas por formações discursivas distintas que perpassam debates de ideias, pedidos de favores, compartilhamento de projetos e outros conteúdos que podem abarcar a trajetória intelectual de um sujeito. Manifestam-se, por isso, como documentos recorrentes em arquivos particulares, apresentando características privadas e públicas, pessoais e relacionais, e refletindo práticas de sociabilidades, assim, buscamos apresentar considerações acerca da escrita epistolar, a partir da prática desenvolvida por Luís da Câmara Cascudo, denominado de “Hermes Universal do Nordeste do Brasil” (GICO, s/d), atentando para a caracterização de tais correspondências e o uso da epistolografia como espaço propício para a construção de um texto intelectual.
Resumo: Considerando que, nos anos 2000, a teledramaturgia brasileira foi marcada por uma orientalização a partir do aumento da produção de obras televisivas que tematizaram o Oriente, este artigo objetiva refletir sobre a representação oriental construída na telenovela Caminho das Índias (2009) da Rede Globo. Constam nas fontes consultadas dois textos disponibilizados nos sites UOL Entretenimento/Televisão e Melhor a Cada Dia. Ambos discutem como a telenovela abordou a relação entre ocidentais e orientais, questionando a produção desta representação dos indianos. O artigo contribui para o fortalecimento de debates no campo da historiografia que tematizem as apropriações culturais e a circulação de discursos a partir de veículos midiáticos como a televisão.
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