O início da produção da cachaça remete ao Ciclo do Açúcar, com o processo de destilo das sobras do melaço fermentado de cana. Quando as Antilhas ampliam a produção do açúcar, ocorre a desvalorização do produto brasileiro, o que da início a destilação direta do caldo fermentado. A diferença de matéria prima em relação ao Rum e das madeiras utilizadas para o envelhecimento da bebida permitem concluir que a cachaça é um produto com raízes genuinamente brasileiras.
Desde o desenvolvimento do Ciclo do Ouro, Paraty mostrou destaque na produção de cachaça, que era consumida tanto pelo mercado nacional quanto utilizada no escambo por escravos na África e por ouro nas minas, sendo transportada pela Estrada Real. O transporte era realizado em tonéis de carvalho para fora do país e em tonéis de madeiras nacionais para o mercado local. Com o tempo foi observado que cada tipo de madeira incorporava à cachaça odores e sabores diferenciados. Considerando que a cachaça é produzida da fermentação do caldo, diferente do Rum, que é produzido da fermentação do melaço, e que o envelhecimento em diferentes tipos de madeiras adicionavam características sensoriais e químicas específicas, permitiu estabelecer a Cachaça como um produto genuínamente Brasileiro.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.