Este artigo objetiva, por meio de uma pesquisa bibliográfica, verificar como as alterações nos suportes de leitura que ocorreram ao longo do tempo podem interferir nos modos de ler e, por conseguinte, na caracterização do leitor. Desde as inscrições em pedras até os hipertextos lidos nas telas dos computadores e smartphones, percebemos diferenças preponderantes no processo de recepção de textos as quais causam questionamentos tais como: o livro impresso, um dos suportes de escrita e leitura, será substituído por livros eletrônicos? Nesse sentido, esta pesquisa se dedicou a analisar a relação dos suportes com a leitura, de modo a apresentar diferentes tipos de leitor e as habilidades necessárias para o ato de ler, principalmente literatura, sem, no entanto, extinguir o livro físico do universo dos leitores. Para tanto, embasamos o trabalho em Chartier (1999), Terra (2015), Soares (2002), Spalding (2012), Xavier (2010) e Santaella (2004) na abordagem acerca de suportes de leitura, hipertextos, conceituação de leitores, leitura literária na rede. Logo, verificou-se a possibilidade de coexistir os suportes de leitura livro físico e tela de modo que a leitura literária ocorra de diferentes maneiras.
Neste trabalho, discorreremos sobre poesia digital, gênero emergente do ciberespaço. Como o nome já sugere, ciberespaço significa um ambiente tecnológico, no qual as relações se constroem virtualmente. Nesse contexto, esta pesquisa trata, de modo específico, a respeito das transformações ocorridas no processo de criação e leitura de poesia, por meio de uma pesquisa bibliográfica, na abordagem qualitativa e propõe o trabalho com poesia digital com vistas a formação de leitores literários. Para tanto, utilizamos (2003), Eco (2011), Adorno (2006), Candido (2011) para tratar sobre poesia enquanto arte e como a leitura desse gênero é promovida no Brasil. Ainda discorreremos a respeito das transformações ocorridas no processo criativo (produção e recepção) de poesia em face das redes sociais e do letramento digital, pautados em Xavier (2010) e Silva et al (2012). Logo, verificamos ser imprescindível considerar esse gênero emergente no trabalho de formação de leitores, principalmente em dos nativos digitais.
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