Acta bot. bras. 24(4): 964-971. 2010. IntroduçãoA vasta extensão territorial da Região Nordeste brasileira (1.540.827 km 2 ) apresenta grandes variações no relevo, predominando altitudes inferiores a 500 m, formando a depressão sertaneja. Setores entre 900 e 1000 m são reconhecidos por serras e chapadas. Na região sobrepõem-se diversos sistemas de circulação atmosférica, que ocasionam diferenças de continentalidade e de maritimidade. Por tudo isso, as condições climáticas desta região são bastante complexas (Nimer 1966;1972) e suas variações refl etem-se na presença de grande variedade de tipos vegetacionais.Tendo em vista as diferenças litológicas, a estrutura geológica, o clima regional e as variedades vegetacionais, Figueiredo (1997) propôs as seguintes unidades fi toecoló-gicas para o estado do Ceará: caatinga arbórea, caatinga arbustiva, carrasco, cerradão, complexo litorâneo, mata seca e mata úmida. Dentre estas, ocorre o predomínio da vegetação caducifólia espinhosa ou caatinga (Andrade-Lima 1981). Nas vertentes das Serras e Chapadas desenvolvem-se formações fl orestais densas, como o cerradão, o carrasco, a mata úmida e a mata seca (Figueiredo 1997). Já a vegetação litorânea apresenta uma riqueza de espécies fi sionômica com vegetação pioneira psamófi la, a vegetação subperenifólia de dunas e a vegetação perenifólia paludosa marítima de mangue, expressando uma composição que geralmente mescla espécies próprias do litoral com outras provenientes das matas vizinhas, das caatingas e do cerrado (Fernandes & Gomes 1975).Os primeiros registros fl orísticos para o estado datam de 1799 com o naturalista João da Silva Feijó, que descreveu as plantas da Capitania do Ceará (Braga 1976). Posteriormente, o livro "Plantas do Nordeste, Especialmente do Ceará" reuniu todas as descrições já realizadas da fl ora cearense (Ducke 1979).Desde então, os estudos fl orísticos vem sendo desenvolvidos de maneira pontual em áreas litorâneas (Brito et al. 2006;Matias et al. 2003;Matias & Nunes 2001); em regiões semi-áridas de serras e chapadas Costa et al. 2004; Araújo et al. 1998a,b; 1999a,b); na caatinga These data reveal greater collection effort and species richness in areas of mata úmida and complexo litorâneo, followed by areas of caatinga arbustiva and caatinga arbórea. With only 5% of Ceara's territory, sampling in mata úmida surpasses that in caatingas, the latter with 70% of the state´s territory. Therefore, a satisfactory number of collections in mata úmida was observed to the detriment of other units, making it necessary to draw up new projects aimed at a greater effort in these sub-sampling collection areas.
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