Trata-se de um estudo de revisão integrativa, cujo objetivo foi analisar publicações na base de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), acerca da relevância existente entre a Saúde Mental e Atenção Básica, bem como as fragilidades para a produção do cuidado em saúde mental, evidenciadas por meio de produções científicas brasileiras. Foram selecionados 10 artigos, de um total de 39 referências encontradas. Os estudos demonstram a relevância das equipes da Atenção Básica em relação à assistência aos usuários com transtornos psíquicos e sua família, no entanto, apontam para a necessidade de superação de conceitos organicistas e centrados na lógica da exclusão ainda presentes nos processos de trabalho das equipes de Atenção Básica, bem como, para a necessidade de ampliação e melhoria nos processos formativos dos profissionais que atuam nos serviços primários de saúde, com vistas ao fortalecimento do acolhimento e vínculo, numa relação profissionais-usuários/família.
Resumo Neste artigo, discutem-se os impactos da Covid-19 na mobilidade, na acessibilidade de pessoas com deficiência e no trabalho do psicólogo do trânsito. Em relação à mobilidade, são apontados dados sobre a demanda de viagem nos transportes urbanos e suas repercussões sociais e econômicas, como o desemprego e o incremento do transporte clandestino com o fechamento de empresas de transporte. São discutidos também o uso de transportes sustentáveis como alternativa e o investimento em comunidades locais autossuficientes para diminuir os deslocamentos. Em relação aos impactos na acessibilidade, comentaremos sobre os avanços na legislação e a mudança de cultura visando à concretização das práticas de inclusão. Também exemplificamos como pessoas com deficiência vivenciam riscos adicionais de contrair a Covid-19 nos deslocamentos. Quanto aos impactos no trabalho do psicólogo do trânsito, analisam-se a suspensão das atividades presenciais e seu retorno e como os psicólogos continuaram desempenhando seu trabalho, desde a perícia psicológica para a habilitação e docência, passando pela gestão de projetos e políticas públicas (e.g., educação para o trânsito) e de associações profissionais. As expectativas para o pós-pandemia e os seus aprendizados também são discutidas. Conclui-se que a pandemia da Covid-19 potencializou o contexto, já presente antes da pandemia, de desigualdade estrutural nas cidades, na mobilidade e na acessibilidade, bem como acentuou a necessidade de adaptação dos processos de trabalho da psicologia. Vislumbram-se mudanças e avanços possíveis, priorizando a diversidade da coletividade na busca de soluções que atendam aos mais diversos grupos de pessoas.
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