O objetivo do presente trabalho foi enquadrar o Estado do Espírito Santo no modelo de Holdridge, comparando-o com o sistema de Köppen e a distribuição fitogeográfica. Com as médias municipais de biotemperatura, precipitação, relação de evapotranspiração potencial, altitude e latitude, determinaram-se as zonas de vida de cada um dos 78 municípios do Estado. Obtiveram-se dados a partir de bases cartográficas oficiais e registros de no mínimo 25 anos coletados em estações meteorológicas e postos pluviométricos. Processaram-se as informações com programa FoxPro e o enquadramento das classes climáticas se fez por intermédio de diagramas. Os resultados revelaram seis zonas de vidas: floresta úmida/seca subtropical basal (52%), floresta úmida subtropical basal (25%), floresta úmida/seca tropical premontana (13%), floresta seca/úmida subtropical basal (7%), floresta úmida subtropical montana baixa (3%) e floresta úmida tropical premontana (1%). Três zonas de vida se correlacionaram significativamente com três tipos climáticos de Köppen, sendo que o fator relevo foi o principal causador da recorrência espacial. A fitogeografia não se correlacionou significativamente com a classificação do sistema de Holdridge, porém seriam necessárias mais pesquisas para robustecer esta constatação.
O objetivo do estudo foi caracterizar a florística, a estrutura e o estágio sucessional de um remanescente florestal secundário de 38 anos, ecótono entre FOM e FES, adjacente a reservatório hidrelétrico em Bituruna (PR). Foram instaladas 60 parcelas de 200 m² para o estrato arbóreo e 60 subparcelas de 10 m² para o sub-bosque. O estrato arbóreo apresentou densidade de 1.035 indiv.ha-1, área basal de 38,98 m².ha-1, 108 espécies nativas e diversidade de Shannon de 4,01. No sub-bosque foi registrada densidade de 11.000 indiv.ha-1, área basal de 8,65 m².ha-1, 96 espécies nativas e diversidade de Shannon de 3,67. A riqueza e diversidade encontradas foram expressivas em ambas as sinúsias. As espécies não pioneiras se destacaram, especialmente no sub-bosque. As espécies típicas de FES foram discretamente mais representativas do que as de FOM, com menor diferença no estrato arbóreo. Houve dissimilaridade significativa na composição florística entre o estrato arbóreo e o sub-bosque. A floresta mostrou bom estado de conservação e características de estágio sucessional intermediário a avançado, com potencial de amadurecimento. A proporção de espécies típicas de cada fitofisionomia correspondeu ao esperado para as condições altitudinais e topográficas do ecótono estudado.
ResumoEncontrada somente no alto das montanhas da Serra do Mar, a Floresta Ombrófila Densa Altomontana é condicionada por situações ambientais muito singulares, que lhe conferem estrutura e florística exclusivas. O objetivo deste estudo foi caracterizar a composição florística e estrutural de um trecho de Floresta Altomontana na Serra do Capivari, Campina Grande do Sul. . Pôde-se confirmar a característica de baixa diversidade da formação Altomontana, composta por famílias de dispersão universal e alta densidade de indivíduos, mas com estrutura dominada por poucas espécies. A baixa estatura e ausência de indivíduos emergentes configura um padrão fisionômico-estrutural inerente a essa formação, decorrente de condicionantes muito restritivas. Palavras-chave: Floresta nebular de altitude; Serra do Mar; Mata Atlântica; fitossociologia. . It was possible to confirm the feature of low species diversity in the Upper Montane forest, composed by families of universal dispersion and high individuals density, but with structure dominated by few species. The low height and the absence of emergent trees endorse a physiognomic-structural standard of this forest that is result of restrictive environmental conditions. Abstract Floristic and struct/ural characterization of an Upper Montane Atlantic Forest in the Capivari
A restinga assume grande importância no litoral brasileiro. A ocupação costeira pelo homem tem comprometido esses ambientes. No Espírito Santo, sobretudo na capital capixaba, o principal fator degradante consiste no desenvolvimento urbano. Este trabalho visou avaliar o impacto da ampliação do aeroporto de Vitória, no contexto da ecologia da paisagem, focando manchas de vegetação predominantemente naturais. Utilizaram-se técnicas de fotointerpretação e vetorização das imagens de satélite referentes a maio/2005, setembro/2009 e agosto/2017, em alusão ao início, meio e fim das obras aeroportuárias. Vetores foram convertidos em raster e tratados no programa Fragstats, que mensura a dinâmica das modificações na paisagem. A comparação temporal demonstrou o quão impactante foi o empreendimento, de tal modo que a classe complexo de restinga teve a métrica (mensuração) de área diminuída em 42% e deixou de ser a feição dominante da paisagem, sendo substituída por perímetro urbano (incremento de 7%) e, ainda, superada por infraestrutura aeroportuária (210% de aumento). A cobertura vegetal sofreu retração de 74% na área-núcleo e acréscimo de 30% no índice de forma, enquanto o resultado de vizinho mais próximo apresentou variação decorrente da fragmentação da flórula. O empreendimento interferiu demasiadamente na espacialização da restinga, alterando as proporções da composição paisagística.
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