A longevidade tem sido apontada como uma das transformações demográficas mais significativas do século XXI. Atualmente são 810 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo. As maiores adversidades de saúde associadas ao envelhecimento são a incapacidade funcional e a dependência, que acarretam perdas de habilidades ou dificuldades de executar atividades cotidianas. As condições de saúde da população idosa podem ser determinadas por diversos indicadores, entre eles a presença de déficits físicos e cognitivos. O cuidado dos membros dependentes deve ser responsabilidade das famílias, porém isto se torna cada vez mais deficiente. Uma das alternativas de cuidados não familiares existentes corresponde às instituições de longa permanência para idosos, sejam públicas ou privadas. Essas instituições podem ser governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com 60 anos ou mais, com ou sem suporte familiar e em condições de liberdade, dignidade e cidadania. A partir desse contexto, o presente trabalho objetivou analisar e revisar, mediante a literatura científica mais recente, o perfil cognitivo de idosos moradores de instituições de longa permanência. Este estudo é uma revisão integrativa da literatura. As bases de dados escolhidas para a busca foram MEDLINE, LILACS, BDENF, IBECS e CUMED, e a amostra desta revisão constituiu-se de 07 artigos. Após a análise dos artigos incluídos, os resultados apontaram índices relevantes de comprometimento cognitivo, relação entre a depressão e o declínio cognitivo, e correlação entre a escolaridade e o declínio cognitivo em idosos residentes de instituições de longa permanência.