Este artigo tem como objetivo principal analisar a prática do exercício interdisciplinar da Turma XIII da Linha Ruralidades, Ambiente e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PPGMade/UFPR). Sua justificativa se baseia na urgência e necessidade de construir pesquisas e práticas interdisciplinares, capazes de trazer novos elementos para compreender e intervir na complexa problemática socioambiental. Metodologicamente, consiste em uma análise do processo com base no relato da experiência do grupo, sistematizado no formato de um “projeto coletivo” sob a luz das teorias da interdisciplinaridade. Como resultado, destaca-se a caracterização das principais singularidades da abordagem metodológica do programa, especialmente a construção de um projeto coletivo e interdisciplinar que leva aos temas das teses individuais. Além disso, dificuldades na auto-organização dos discentes, falta de condições materiais, uma tendência de educação bancária e uma cultura de competição, que impera em boa parte do sistema de ensino brasileiro, foram diagnosticados como limites centrais do exercício em questão. Porém, ainda que contenha contradições, a experiência da Linha do Rural da Turma XIII é, ao menos, uma tentativa de rompimento com a hiperespecialização e construção de processos coletivos e interdisciplinares que pode servir como referência para outras práticas interdisciplinares, sobretudo aquelas vinculadas às questões socioambientais, como as discussões em torno do desenvolvimento sustentável.
Mirando el caso de una agroindustria en una comunidad rural, este documento analiza las estrategias de subsistencia de siete mujeres y comprende la transformación social y económica de sus familias. La investigación de campo ocurrió entre octubre de 2015 y enero de 2017 en el municipio de Pranchita, estado de Paraná, Brasil. La originalidad de este estudio consiste en indagar una organización exclusivamente de mujeres que asumieron las diferentes funciones y roles de la empresa, transformando las relaciones sociales y de poder, dentro y fuera de la esfera familiar. El análisis de la estrategia de diversificación de los medios de vida rurales a través de la autopercepción de las mujeres revela que hubo un aumento en el bienestar de las familias involucradas, así como también una emancipación financiera que condujo a mejoras en su vida y en la de sus familias.
A imposição do colonialismo e da colonialidade de raça, gênero e classe é marcada pela violência e pelo genocídio-epistemicídio sobre os povos da América Latina desde o final do século 15 e início do século 16. Essas relações de poder são perpetuadas pelas narrativas e práticas desenvolvimentistas euro-nortecentradas que classificam hierarquicamente os outros povos, definindo-os como subdesenvolvidos. Contrapondo-se a essa lógica, os feminismos do Sul apresentam alternativas ao desenvolvimento por meio de propostas descolonizadoras. O presente artigo propõe-se a mostrar de que modo o feminismo comunitário – mobilizado pelas teorias e práticas de mulheres indígenas – emerge como uma dessas experiências críticas ao desenvolvimento por meio de ações de corpos e saberes latino-americanos. As resistências efetuadas por essas mulheres ampliam as lutas feministas contra-hegemônicas e anticapitalistas, que visam o rompimento com a ideologia do desenvolvimento.
Este artigo aborda as dinâmicas de organização de mulheres camponesas, observando como elas, em contextos específicos, constroem ações coletivas que produzem mudanças nas relações de poder e de opressão. A análise, orientada pela perspectiva decolonial, é um estudo de caso em uma agroindústria familiar no município de Pranchita-PR. As mulheres camponesas vivenciam situações que as diferenciam das mulheres urbanas e também dos camponeses (homens). Como parte de ambas as categorias (mulher e camponês), elas sofrem duplamente os efeitos da modernidade e da colonização. Dessa maneira, o objeto do artigo se encontra na intersecção de ambas as categorias - mulher camponesa.
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