OBJETIVOS: analisar as tendências das principais causas de internações hospitalares entre aquelas sensíveis à atenção primária (ICSAP) no Brasil, por faixa etária e região, no período de 1999 a 2006. MÉTODOS: trata-se de um estudo ecológico misto das tendências das três principais causas de ICSAP em menores de vinte anos. Os dados secundários foram provenientes do Sistema de Informação Hospitalar (SIH-SUS) e do censo demográfico do ano de 2001 e projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). RESULTADOS: as três principais causas de ICSAP, em menores de 20 anos, foram as gastroenterites, asma e as pneumonias bacterianas. Houve redução das taxas de internação por gastroenterites (-12,0%) e asma (-31,8%) e, incremento de 142,5% nas taxas de internações por pneumonias bacterianas, tendências que ocorreram de forma distinta por faixa etária e região. CONCLUSÕES: a descrição das tendências temporais revelou mudanças positivas na evolução das taxas de internações por asma e gastroenterites infecciosas e negativas nas internações por pneumonia. Uma vez que estes problemas de saúde constituem objeto de intervenção prioritária na atenção primária, tais achados evidenciam a necessidade de se aprofundar a análise e reflexão sobre os determinantes do perfil das internações hospitalares no país.
OBJETIVOS: avaliar a estrutura das unidades de saúde da atenção primária de dois municípios, comparando as unidades de saúde da família (USF) e as unidades de saúde convencionais (USC). MÉTODOS: estudo transversal, quantitativo, utilizou entrevistas estruturadas e observação da rotina de trabalho das equipes como técnica de coleta de dados. Foram avaliados três componentes: ambiente físico, recurso material e pessoal. RESULTADOS: os achados evidenciaram deficiências estruturais nos três componentes, mais, onde os itens avaliados foram observados em menos de 70,0% das USF. Nos municípios, menos de 50% das unidades possuíam equipamentos básicos. No município A, todas ESF contavam com médicos e enfermeiros e, no município B, 27,3% das ESF estavam sem médico. Ressaltam-se as deficiências que comprometem a biossegurança dos procedimentos e a ausência de estruturas que favorecem o desenvolvimento de intervenções coletivas, necessárias à mudança do modelo assistencial na perspectiva da vigilância da saúde. CONCLUSÕES: embora as redes causais que ligam a estrutura dos serviços de saúde aos seus efeitos sejam complexas e envolvam diversos fatores, os achados do estudo reiteram a necessidade de valorização dos componentes estruturais na avaliação e gestão de saúde.
Introdução: Trata-se de um estudo que objetiva propor estratégias de descentralização dos procedimentos ortopédicos de alta complexidade (POAC) no estado da Bahia. Método: análise da frequência e distribuição dos POAC no ano de 2012, comparando o percentual de procedimentos realizados em pacientes residentes ou não na cidade de Salvador. Resultados: o percentual de procedimentos realizados em Salvador pela população não residente foi de 25,25% do total quando se considerava todos os tipos de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). A análise das AIHs ortopédicas evidenciou que 35,33% destas era de não-residentes, aumentando para 43,0% quando se tratava das AIHs de POAC. A proposta de intervenção elaborada contempla: realização de diagnóstico situacional com relação à oferta de procedimentos ortopédicos de alta complexidade e quadro de Recursos Humanos, além da elaboração e apresentação da proposta de descentralização da oferta às instâncias gestoras para validação e implantação. Conclusão: A elaboração de estratégias para descentralizar os POAC, fundamentadas nos princípios e diretrizes do SUS, promovem melhoria do acesso da população a bens e serviços de saúde. A distribuição equânime dos recursos tecnológicos e financeiros para os citados procedimentos e a ampliação do quadro profissional, com estímulo à fixação de especialistas em ortopedia, são estratégias prioritárias.
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