O tráfico de animais é uma ameaça à biodiversidade. Aproximadamente 82% dos animais contrabandeados são aves. Objetivou-se elaborar uma lista das espécies de aves traficadas no Brasil, evidenciando espécies ameaçadas. Para a busca de artigos foram utilizadas as bases de dados Web of Science e Google Scholar. Foram encontradas 45 publicações e 343 espécies oriundas do tráfico de animais. A ordem com maior riqueza é a dos Passeriformes, seguida pelos Psittaciformes. A família Thraupidae apresentou-se expressiva. 29 espécies possuem algum nível de ameaça: seis criticamente em perigo, cinco em perigo e 18 vulneráveis. Ações prioritárias para reduzir o impacto da atividade ilegal sobre essas espécies devem ser priorizadas. A identificação das espécies deve ser feita de modo criterioso, devem ser criados programas específicos para destinação das espécies ameaçadas e utilizadas metodologias genéticas e isótopos estáveis como ferramenta no combate ao tráfico. Educação ambiental e penas mais severas também são recomendadas.
ResumoEstatísticas criminais constituem parte importante da atividade policial. A adoção de ferramentas mais adequadas a cada conjunto de dados pode fornecer informações úteis para a ação da polícia na sua função de apuração das infrações penais. Este trabalho tem como objetivos: i) caracterizar os registros de crimes ambientais no Distrito Federal, identificando particularidades nos dados e ii) identificar possíveis associações entre as variáveis avaliadas. Os dados não sigilosos dos crimes ambientais registrados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) entre os anos 2009 e 2015 foram avaliados por meio de estatística descritiva e Análise de Componentes Principais. Entre as 4.085 ocorrências registradas, 39,2% referem-se a crimes de dano a Unidades de Conservação, 33,7% a crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural, 25,2% a crimes contra a fauna, 1,8% a crimes contra a flora e 0,1% a crimes de poluição. Ceilândia apresentou o maior número absoluto de ocorrências (417), sendo caracterizada pelos crimes contra fauna, contra o ordenamento urbano e crimes de dano a Unidades de Conservação, enquanto a Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) foi responsável pela maioria das ocorrências (752) registradas pelas delegacias. As associações encontradas entre os tipos penais da Lei de Crimes Ambientais e algumas Regiões Administrativas e Delegacias de Polícia são explicadas por singularidades regionais. AbstractCrime statistics are an important part of police activities. The adoption of more appropriate tools to each set of data can provide useful information to guide the police action into investigation of criminal offenses. This work aims to: i) to characterize the records of environmental crimes in the Brazilian Federal District, identifying peculiarities in the dataset and ii) to identify possible associations between the study variables. Non-confidential environmental crime data recorded by the Brazilian Federal District Civil Police (PCDF) between 2009 and 2015 were evaluated by means of descriptive statistics and Principal Component Analysis. Among the 4,085 incident records, 39.2% refered to harm to protected areas, 33.7% to crimes against urban planning and cultural heritage, 25.2% to crimes against fauna, 1.8 % to crimes against flora and 0.1% to environmental pollution. Ceilândia county had the highest absolute number of records (417), being characterized by crimes against fauna, urban planning and harm to protected areas, while the Special Police Station for Environmental Protection and Urban Order (Dema) was responsible by the majority of records (752) among Police Stations. Associations found between environmental crime records and some county and Police Stations are explained by local county singularities.
Danos e problemas ambientais são construídos por processos complexos, constituídos por uma combinação de fatores materiais e sociais. Diferentes escritores da criminologia verde, ramo que foca questões referentes a danos, transgressões e crimes ambientais, alocam os debates em torno das questões relacionadas à pobreza, falta de saúde, corrupção e transgressões corporativas. Seguindo esse entendimento, este trabalho objetivou i) verificar a influência de variáveis socioeconômicas sobre os crimes ambientais registrados pela da Polícia Civil do Distrito Federal entre os anos de 2013 a 2016 e ii) determinar se as teorias da criminologia tradicional se aplicam aos crimes ambientais. Dados socioeconômicos disponíveis na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios e os registros de crimes ambientais ocorridos no Distrito Federal (DF) foram submetidos à análise de regressão multivariada e à análise de variância para determinar o modelo mais eficiente para explicar a relação entre esses dois conjuntos dados. Os resultados indicaram que a faixa etária entre 40 e 59 anos, os residentes que imigraram para o DF após o ano 2000 e a renda per capita foram as variáveis que mais contribuíram para explicar o número de registros de crimes ambientais no DF. Os resultados sugerem que contextos de privação social e econômica não são os únicos determinantes para a ocorrência de crimes ambientais no DF. A frequente relação com as variáveis relacionadas à imigração aponta para a aplicação da teoria da desorganização social como uma das principais causas dos crimes registrados, pela incapacidade de a comunidade se organizar em prol do controle comunitário.
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