A partir do início do século XX a dominação dos povos árabes do norte da África e Oriente Médio intensificou-se. As potências passaram a controlar os países e financiar ditadores. Em 2010-11 várias revoltas surgiram nesses países, clamando por liberdade e democracia. O Ocidente foi colocado em xeque, pois deve aceitar a autodeterminação dos povos ou continuar preservando seus interesses geopolíticos na região?
O Irã, pós-revolução islâmica, passou a ser considerado um ator pouco confiável. Seja por seu envolvimento em conflitos no Oriente Médio, seja por seu apoio ideológico e material a organizações, ditas terroristas. O fato é que a possibilidade de o Irã desenvolver a tecnologia nuclear e, posteriormente, transformá-la num processo de produção de armas, faz com que os demais atores do sistema internacional se posicionem com mais ênfase acerca desse fato. Contudo, muito mais do que apoiar, ou não, o Irã, está em jogo a perspectiva que se tem do sistema internacional e a limitação que deve ser imposta aos atores, inclusive no que tange à soberania.
In this article, we analyse the converging of research on religion with the debate over the so-called ‘New Wars.’ Our aim is to present a state of the art of the broad literature which relates religion as an explanatory and causal factor of contemporary organised violence with the criticisms that have emerged in response to the objectivist methodology of mainstream scholarship. The work is divided into three sections, the first being a presentation of the mainstream literature, where religion is perceived as a category with causal powers. The next two sections are divided between two types of critique. The first challenges the identitarian perspective of organised violence, adding other explanatory dimensions to the analysis of contemporary conflicts. The second questions the notion of religion as an autonomous, universal and transhistorical concept, exploring genealogically the varied meanings religion may acquire and the different powers the demarcation of non-religious spheres authorises. In the concluding sections, we seek to relate those three types of methodology on religion and violence to the types of questions each one makes regarding its research object.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7976.2014v21n32p159O presente artigo analisa a importância da região conhecida por Oriente Médio para a sedimentação da perspectiva estadocêntrica ocidental das Relações Internacionais. Para tanto, discute o processo que levou o Império Otomano à fragmentação e sua posterior divisão em Estados sob a égide das potências europeias que instituíram o sistema de Mandatos na região. Ainda, questiona como as relações de poder foram construídas no Oriente Médio no intuito de subsidiarem o modelo vestefaliano e reinante nas Relações Internacionais. Por fim, aborda qual o efeito da criação do Estado de Israel e de novos atores não-estatais (organizações islamistas) para a (des)estabilização da região e potencialização dos conflitos geopolíticos.
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