O presente artigo se propõe a observar o diálogo entre história e literatura a partir do romance The Secret Diary of Anne Boleyn, da escritora inglesa Robin Maxwell. Com efeito, percebemos que as conclusões de um romancista podem contribuir em certos aspectos para a produção historiográfica, ao oferecerem um importante testemunho da época/período no qual que determinada obra fora composta. Nesse caso, pretende-se mostrar como a visão da autora sobre a vida de Ana Bolena contribuiu para que ela recriasse uma história de quase 500 anos, sobre um ponto de vista atual e influenciado pelas ideias de liberdade e força feminina das últimas décadas. Para tanto, usou-se o conceito de representação segundo Chartier para investigar como Ana Bolena, segunda esposa de Henrique VIII, foi inserida na obra de Maxwell, migrando assim do campo da história para o da literatura e se apresentando como um exemplo de heroína trágica para os tempos modernos.
Entre os escritores brasileiros que trabalharam em suas obras a construção das imagens femininas, ora como “rainha do lar”, ora como “prostituta”, encontra-se José de Alencar. Nos romances que constituem os chamados perfis de mulheres (Lucíola, Diva e Senhora), Alencar explorou aspectos da sociedade brasileira durante as décadas de 1850 a 1870, o que confere a estes romances um aspecto quase documental, embora se tratem primeiramente de obras de ficção. No presente trabalho, pretende-se demonstrar como o universo feminino foi construído pelo autor, especialmente o perfil da mulher oitocentista: a cortesã, identificada com a personagem Lúcia, no romance Lucíola (1862); e a rainha do lar, representada pelas personagens Emília, em Diva (1864), e Aurélia Camargo, em Senhora (1865). Para tanto, partiremos de uma breve discussão sobre a construção das imagens e estereótipos femininos no século XIX, e em seguida adentraremos na obra supracitada de José de Alencar, em busca de tais perfis que, por sua vez, encontram paralelos verossímeis para além das páginas do romance romântico do referido autor. Com isso, objetivamos ressaltar como a obra de Alencar se constitui numa fonte preciosa para se compreender a sociedade brasileira de 150 anos atrás.
ResumoNo Ensino Médio, é fácil observar os alunos desmotivados. Os fatores para tal são vários, porém, no contexto educacional, podemos citar os conteúdos curriculares descontextualizados e a falta de “diálogo” entre as disciplinas escolares. Esta realidade atinge diretamente a compreensão e a aprendizagem dos adolescentes, visto que estes não relacionam as ciências ao contexto histórico, gerando conceitos e concepções errôneas no que tange o espaço-tempo e as descobertas científicas. Neste trabalho buscou-se promover uma relação mais tênue entre Ciências: Química e a História: Dinastia Tudor, para compreensão das descobertas químicas e alquímicas desenvolvidos neste período tão importante da Idade Moderna. Esse entrelaçar das disciplinas visou promover para os alunos do Ensino Médio uma maior valorização deste momento histórico e para os universitários visou envolvê-los na evolução da descoberta das ciências e da Química. A História da Ciência se pautou no viés da epistemologia, historiografia e ciências e sociedade e buscou-se um diálogo interdisciplinar em prol de um conhecimento mais consolidado e significativo. Observou-se ao final da execução deste trabalho que a busca literária foi difícil, pois as fontes primárias e secundárias focam-se muito no contexto histórico ou no científico, não fazendo uma interface entre ambos, e no que concernem as discussões em sala de aula desta temática com as mídias cinematográficas observou-se grande participação dos alunos e maior entendimento da importância das descobertas científicas desta Dinastia, uma vez que algumas perduram até os dias atuais, porém acredita-se que deveria ter mais tempo pra explorar essa interação entre as áreas.Palavras-chave: Dinastia; Ciências; Mídias.AbstractIn high school, it is easy to observe students with no motivation. The factors for this are several, however, in the educational context, we can mention the decontextualized curricular contents and the lack of “dialogue” between school subjects. This reality directly affects the understanding and learning of adolescents, since they do not relate science to the historical context, generating misconceptions and concepts regarding space-time and scientific discoveries. In this work we sought to promote a more tenuous relationship between Sciences: Chemistry and History: Tudor Dynasty, to understand the chemical and alchemical discoveries developed in this very important period of the Modern Age. This intertwining of the disciplines aimed to promote for High School students a greater appreciation of this historical moment and for university students it aimed to involve them in the evolution of the discovery of science and Chemistry. The History of Science was guided by the epistemology, historiography and sciences and society bias and an interdisciplinary dialogue was sought in favor of a more consolidated and meaningful knowledge. It was observed at the end of the execution of this work that the literary search was difficult, since the primary and secondary sources focus a lot on the historical or scientific context, not making an interface between both, and with regard to the discussions in the classroom of this theme with the cinematographic media there was a great participation of the students and a greater understanding of the importance of the scientific discoveries of this Dynasty, since some persist until the present days, however it is believed that there should be more time to explore this interaction between the areas. Keywords: Dynasty; Sciences; Media.
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