Os problemas enfrentados pelos gestores públicos na área da saúde, vão desde a limitação dos recursos públicos a alta demanda da sociedade pelos serviços disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que preconiza que esses gestores prezem pela eficiência na utilização dos recursos. Nesse contexto, este estudo busca mensurar os escores de eficiência técnica e de escala dos gastos com saúde de 1694 municípios do Nordeste e identificar os fatores determinantes dessa eficiência. Para tanto, empregou-se o modelo de Análise Envoltória de Dados (DEA) e o modelo de regressão quantílica, utilizando dados secundários tendo como ano base 2019. Os principais resultados mostram que poucos municípios estão em um nível totalmente eficiente e que a maioria deles estão na classe entre 0,50 e 0,75 de nível de eficiência. A partir da regressão quantílica nota-se que existem fatores socioeconômicos e demográficos que estão associados aos diferentes níveis de eficiência. Um fato relevante é que o município que mais gastou com saúde por habitante foi o que teve o menor escore de eficiência, no modelo DEA com retornos constantes à escala. Isso indica que maiores gastos não necessariamente estão associados a maiores escores de eficiência.