RESUMO -Esse estudo teve como objetivo validar a escalaO processo de estigmatização tem sido apontado como profundamente danoso a algumas condições de saúde estigmatizadas na cultura dominante atual (Kanter, Rusch, & Brondino, 2008;Ritsher, Otilingam, & Grajales, 2003). Em termos gerais, a estigmatização ocorre quando as pessoas distinguem e rotulam diferenças pessoais e, por meio das crenças compartilhadas culturalmente, as pessoas rotuladas são compreendidas como possuidoras de características indesejáveis; em seguida, confirma-se um grau de separação e desvalorização em relação ao grupo estigmatizado (Link & Phelan, 2001).No que se refere às consequências do estigma para os indivíduos estigmatizados, o principal impacto é a internalização do estigma, fenômeno denominado estigma internalizado ou auto-estigma. De uma perspectiva sócio-cognitiva, a internalização do estigma ocorre à medida que o indivíduo torna-se consciente dos estereótipos negativos que as outras pessoas endossam (consciência dos estereótipos), concorda pessoalmente com esses estereótipos (concordância com estereótipos) e aplica esses estereótipos a si mesmo (Corrigan, Watson, & Barr, 2006). Livingston e Boyd (2010) complementam o conceito se referindo ao estigma internalizado como um processo subjetivo, embutido dentro de um contexto sociocultural, que pode ser caracterizado por sentimentos negativos (sobre si), comportamentos maladaptativos, transformação de identidade ou endossamento do estereótipo, resultados das experiências e percepções de um indivíduo ou antecipação de reações sociais negativas com base em seu transtorno mental.A relação entre estigma internalizado e suas implicações não é linear, sendo melhor compreendida como um círculo repetitivo, no qual, aspectos da recuperação no tratamento são bloqueados assim como diversas esferas da vida do indivíduo são afetadas, resultando em percepções subjetivas de se sentir desvalorizado e marginalizado (Verhaeghe, Bracke, & Bruynooghe, 2008). O processo de internalização do estigma torna-se, portanto, central para as condições
A atribuição de características indesejáveis a alguém pode conduzir à rejeição da pessoa rotulada, ocasionando o distanciamento social. O presente estudo teve como objetivos, avaliar as diferenças entre o desejo de distanciamento social dos profissionais de saúde da cidade de Juiz de Fora-MG, Brasil, em relação aos dependentes de álcool, maconha e cocaína, e possíveis relações entre o desejo de distanciamento social em cada um dos casos e variáveis sociodemográficas desses profissionais. Os resultados demonstraram que o distanciamento social foi maior para o dependente de cocaína, não havendo diferença significativa entre os escores das escalas para dependentes de álcool e maconha. Os julgamentos de distância social foram independentes de qualquer característica sociodemográfica da amostra, com exceção do aspecto "nível profissional" em relação ao dependente de álcool. O estudo do desejo de distância social dos profissionais de saúde pode contribuir para a implementação de estratégias de melhora dos serviços.
Diversas pesquisas têm abordado o tema estigma social e suas implicações na vida dos estigmatizados. Uma vez que o alcoolismo e problemas relacionados ao uso de álcool configuram-se como um dos principais problemas de saúde pública da América Latina, o presente artigo teve como objetivo realizar uma pesquisa bibliométrica de artigos científicos sobre os temas estigma social, estereotipagem e alcoolismo. Os artigos foram pesquisados em quatro bancos de dados LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PsycInfo, PubMed e SciELO, entre 1997 e 2007, utilizando os descritores: stigma, stereotyped attitudes, stereotyping e alcoholism. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, nove artigos foram analisados. Demonstrou-se que a área ainda não apresenta convergência de objetivos, instrumentos e população, sinalizando a não existência de uma metodologia consolidada para mensurar estigma. Ademais, a literatura sobre o tema não vem crescendo como esperado, sendo necessário maior investimento em pesquisas para desenvolvimento de estratégias de prevenção e reabilitação.
RESUMO. O estigma internalizado é um fenômeno processual que se estabelece à medida que o indivíduo torna-se consciente de sua condição de estigmatizado, concorda e aplica a si próprio os estereótipos negativos sobre seu transtorno. Com o objetivo de conhecer os instrumentos de mensuração desse fenômeno, realizou-se, em janeiro de 2011, uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados Web of Science, Pubmed, Psycinfo, Lilacs e Scielo, utilizando-se os termos internalized stigma, self-stigma, estigma internalizado e autoestigma. Onze escalas foram analisadas, seis das quais mensuravam estigma internalizado referente a transtornos mentais. A análise revelou problemas conceituais e metodológicos dos estudos, apontando dificuldades intrínsecas à investigação do fenômeno e fornecendo subsídios para pesquisas futuras. Apesar das limitações, o crescente número de escalas demonstra a relevância do tema no campo da Saúde Mental e proporciona um avanço do conhecimento acerca dos fatores envolvidos no processo de estigmatização.
Social distance toward people with substance dependence: a survey among health professionals La distancia social de las personas con dependencia de sustancias: una encuesta entre los profesionales de la salud
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