Quando cresce o apelo ao compromisso de cada um nas causas comunitárias e globais, a Escola e as Ciências Sociais, em particular, são cada vez mais desafiadas a darem um contributo efetivo para a educação para a cidadania. A disciplina de Geografia, que aborda as sociedades no território, tem uma reponsabilidade particularmente grande no desafio de contribuir para que os mais jovens construam comunidades harmoniosas e sustentáves. Em 2011/12, surgiu em Portugal o Projeto Nós Propomos! Cidadania e Inovação na Educação Geográfica, hoje divulgado por todo o país e que se difundiu pelo Brasil e por vários outros países – é o projeto de educação geográfica mais internacionalizado. Ao longo dos anos, em Portugal foram apresentadas quase 2000 propostas de alunos que identificaram problemas locais, realizaram trabalho de campo sobre os mesmos e apresentaram propostas de intervenção. Mais do que o conteúdo destas propostas, a mais valia do Projeto consiste na educação para a cidadania territorial que promove. Com a pandemia, mesmo com as aulas suspensas nas escolas portuguesas, os mais jovens concluíram os seus projetos, candidataram-se aos vários concursos, numa demonstração de como o Projeto Nós Propomos!, porque desafio de uma cidadania vivida, lhes é singificativo.

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Através da presente recensão, procura-se uma abordagem da Nouvelle Géographie Universelle, da autoria do geógrafo francês Élisée Reclus, a partir da análise de uma tradução dos capítulos referentes a Portugal e à Galiza, recém-publicada por Iago Bragado e Joseph Ghanime López. Trata-se de uma oportunidade para conhecer a visão deste conhecido geógrafo francês do século XIX relativamente a estes dois territórios da Península Ibérica, assim como uma ocasião renovada para analisar estes capítulos à luz de algumas das mais importantes características comuns a toda a obra de Reclus.