Um diagnóstico físico-ambiental pode auxiliar no entendimento dos mecanismos que atuam nas áreas naturais e antropizadas, permitindo orientar as atividades a serem desenvolvidas, de maneira a subsidiar ações preservacionistas e conservacionistas, evitandose intervenções irreversíveis e conservando os recursos naturais da região. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi estudar a Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Espírito Santo (BHRES), em Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, através de um diagnóstico físico ambiental para identificação da vulnerabilidade à erosão superficial, utilizando como ferramentas parâmetros morfométricos, declividade do terreno, uso/cobertura do solo e tipo de solo na região. Apesar de a BHRES ser eminentemente rural, suas características morfométricas, declividade, uso/cobertura e tipo de solo indicam alta vulnerabilidade à erosão superficial, demandando que se adotem ações mitigadoras para preservação das áreas de regeneração da vegetação arbórea, bem como planejamento do manejo de plantações florestais e pastagens, de forma a conservar os corpos hídricos, controlar o crescimento da silvicultura na região, minimizar áreas de solo exposto e gerenciar o crescimento urbano e industrial, uma vez que esta bacia abriga um dos mais importantes mananciais de abastecimento de Juiz de Fora. Palavras-chave: cobertura do solo, morfometria, zoneamento ambiental.
RESUMO Este estudo avaliou o potencial poluidor da bacia de contribuição do reservatório de Funil (BCRF), localizado na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, considerando a geração da carga de nutrientes, nitrogênio (N) e fósforo (P), por fontes pontuais e difusas, a partir de uma modelagem distribuída utilizando Sistema de Informação Geográfica (SIG). As cargas e concentrações médias anuais desses nutrientes foram geradas a partir do acoplamento de equações empíricas, em SIG, considerando informações espaciais de uso e cobertura do solo, população residente na bacia e vazão média anual de longo período, obtida por equações do tipo chuva vazão. Os resultados indicaram que 80% da carga total de nitrogênio foram provenientes de fontes pontuais e 20% de fontes difusas, enquanto que, da carga total de fósforo, 89,1% foram originadas de fontes pontuais e 10,9% de fontes difusas. As concentrações de nutrientes estimadas pelo modelo empírico apresentaram bons ajustes em relação aos valores observados de fósforo e de nitrogênio no rio Paraíba do Sul, com R²=0,96 (p<0,01) e R²=0,70 (p<0,01), respectivamente. Dessa forma, o modelo foi capaz de detectar, de forma significativa, a tendência das variações nas concentrações de nutrientes ao longo de diferentes trechos da BCRF.
Urban and rural are two central concepts used by a wide range of policymakers, researchers, national administrations, and international organisations. An option for defining urban areas is the use of the degree of urbanisation, a measure that classifies an area within a region based on a range of factors including population size, population density, the degree and extent of the built-up area, and many other concepts. A new approach proposed jointly by the Directorate-General for Regional and Urban Policy, European Commission (DG REGIO) and the Organisation for Economic Cooperation and Development (OECD) not only uses the traditional criterion of population density to determine the degree of urbanisation, but it also includes a contiguity rule, and it is applied to spatial units of the same size (1 km 2 grid square cells). The authors have performed a comparison study using this new approach and two other methodologies, one proposed by the OECD in 2011 and the other developed by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) in 2017. The results demonstrate that the degree of urbanisation for 42% of the Brazilian municipalities was the same using any of the three methods. The results using the DG REGIO/OECD approach and the IBGE methodology matched for approximately 70% of the municipalities. Concerning the differences observed in the results of the test, it is necessary to consider the purpose and scale of each method: while the IBGE methodology intends to provide local and detailed results, the purpose of the other two methodologies is global and more generic.
A morfometria da bacia hidrográfica é um importante instrumento de diagnóstico da suscetibilidade à inundação. Este diagnóstico pode nortear o planejamento e a implementação de medidas mitigadoras para se evitar prejuízos causados por alagamentos. O objetivo deste trabalho foi estudar a suscetibilidade à inundação da bacia hidrográfica do Ribeirão do Espírito Santo (BHRES), localizada no município de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, por meio de sua caracterização morfométrica utilizando-se duas, três e cinco classes de vulnerabilidade. Para isso a bacia foi subdividida considerando dois níveis de detalhamento: no primeiro, menos detalhado, foram geradas três sub-bacias e no segundo, mais detalhado, foram geradas 65 microbacias. Nestas unidades de estudo foi avaliada a suscetibilidade morfométrica à inundação e os resultados foram comparados utilizando-se as técnicas de agrupamento “K-means e Fuzzy C-means”. Os resultados demonstraram que o número de classes de vulnerabilidade adotada influencia o resultado da classificação das áreas, sugerindo que a utilização de critérios de validação de cluster pode ser usada para balizar tal escolha. Agrupamentos formados apenas por semelhanças morfométricas se distinguem daqueles obtidos pela metodologia utilizada para classificação de áreas suscetíveis à inundação, visto que a metodologia para análise de suscetibilidade transforma os valores numéricos de cada parâmetro morfométrico em uma classe de suscetibilidade, ponderando-o conforme sua implicação na inundação.
The determination of evapotranspiration (ET) using ground-based meteorological data does not adequately capture the spatial patterns of mass and energy fluxes in mountainous areas. In this work, we evaluate the daily spatial distribution of ET over a mountainous watershed in southeastern Brazil by coupling Surface Energy Balance Algorithms for Land (SEBAL), a global solar radiation (GSR) model, and a gridded weather dataset (GWD). To estimate daily tilted GSR, we use the relation between terrain and sun angles over a 24-h integration time. Tests were performed in summer/wet (12 January 2015) and winter/dry (25 September 2015) periods to evaluate the seasonal differences in ET over tilted surfaces. The results indicated different spatial patterns of daily ET on the watershed in each period. In summer, ET was 9.8% higher on slopes facing South, while in winter, ET was 10.6% higher on slopes facing North and East. A high variability in daily ET was found on steeper slopes (above 45°) in both periods. The notable ET spatial heterogeneity indicates the complex partitioning of mass and energy fluxes from different terrain angles, which may influence hydroecological processes at the local scale. The presented approach allowed a more detailed capture of the spatial variability of ET in a mountainous watershed with scarce groundbased data.
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