Resumo Fundamento A ventriculografia esquerda é um método invasivo para avaliar a função sistólica do ventrículo esquerdo. Depois do advento de métodos não invasivos, o seu uso tem sido questionado por resultar em algum risco para o paciente. Objetivos Avaliar quais fatores associam-se independentemente com a decisão de realizar ventriculografia em pacientes com doença arterial coronariana. Métodos Tratou-se de um estudo analítico, retrospectivo, avaliando prontuários eletrônicos e banco de dados e comparando 21 variáveis de interesse pré-definidas entre pacientes submetidos a cineangiocoronariografia. Foi considerado significante p < 0,05. Resultados Avaliamos 600 pacientes consecutivos, e a ventriculografia esquerda foi realizada na maioria dos pacientes submetidos a uma cineangiocoronariografia (54%). Depois da análise multivariada, os pacientes com síndromes coronarianas crônicas ( odds ratio [OR] 1,72; intervalo de confiança de 95% [IC 95%]: 1,20–2,46; p < 0,01) tiveram maior chance de serem submetidos ao procedimento. Os pacientes com função ventricular conhecida (OR = 0,58; IC 95%: 0,40–0,85; p < 0,01), os revascularizados (OR 0,31; IC 95% 0,14–0,69; p < 0,01), os hipertensos (OR 0,58; IC 95%: 0,36–0,94; p = 0,02) e aqueles com maiores valores de creatinina (OR 0,42; IC 95% 0,26–0,69; p < 0,01) tiveram maior chance de não realizar ventriculografia. Conclusões Nos pacientes submetidos a cineangiocoronariografia, o diagnóstico de síndrome coronariana crônica associou-se de modo independente com uma maior realização da técnica, enquanto ter a função ventricular previamente conhecida, ser hipertenso, ter sido submetido a revascularização cirúrgica prévia e ter valores de creatinina mais elevados associaram-se a uma maior chance de não realizar o método.
A doença arterial coronariana é responsável por elevada morbi-mortalidade em todo mundo e a intervenção coronariana percutânea (ICP) é uma dos pilares de tratamento para essa condição. Entretanto, a exposição a meio de contraste está relacionada a aumento de incidência de doença renal aguda (nefropatia induzida pelo contraste - NIC), principalmente em pacientes de alto risco, conferindo pior prognóstico. Nesse cenário, a utilização da estratégia de intervenção coronariana percutânea com uso de mínimo volume de contraste consolida-se como estratégia adequada para essa situação. Relatamos um caso de paciente idoso, com disfunção renal crônica e doença coronariana sintomática, submetido a ICP com a estratégia de low contrast PCI.
A pandemia por SARS-CoV-2 traz graves consequências para o aparelho respiratório que se agrava quando há concomitante envolvimento cardíaco, o que não raramente ocorre, principalmente em pacientes internados. As alterações cardíacas são caracterizadas por reações inflamatórias sistêmicas, hipóxia generalizada, tromboses de coronárias epicárdicas ou de pequenos vasos, infecção viral do miocárdio, ou hipertensão pulmonar aguda como resultado do embolismo pulmonar ou trombose local. A lesão miocárdica medida pela elevação de troponina é ominosa. Achados de imagem, principalmente ecocardiograma à beira do leito, assim como a cineangiocoronariografia e a ressonância magnética cardíaca têm sido de grande utilidade para o reconhecimento da lesão. Assim como, arritmias, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e choque são manifestações principais de envolvimento cardíaco. Nos casos leves a moderados, as medicações prévias, principalmente os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA), bloqueadores de receptores de angiotensina (BRA), estatinas e outros correlatos devem ser mantidos. Nos casos graves a atenção se volta para o uso de drogas vasoativas potentes. Uma atenção especial se volta para os cuidados de pacientes que precisam de atendimento pelas manifestações cardiológicas, principalmente o infarto agudo do miocárdio e a insuficiência cardíaca, nesse momento de receio de contaminação hospitalar. Os Serviços têm providenciado ao máximo as medidas de proteção com fluxo distinto para esses pacientes. Após a COVID-19, o retorno às atividades mais exigentes deve ser precedido de cuidadosa avaliação médica para orientações sobre possíveis sequelas.
O tratamento da doença coronária é complexo e envolve uma série de estratégias. A angioplastia coronária, consolidada como principal forma de revascularização, é apresentada em um relato de caso de intervenção coronariana de precisão, utilizando fisiologia coronária e imagem intravascular, em uma paciente portadora de complexa doença coronariana multiarterial.
Logo após declarada a pandemia pelo SARS-CoV-2 em março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), acreditava-se ser um vírus que acometia unicamente os pulmões podendo levar à pneumonia e à Síndrome Respiratória Aguda Grave. Entretanto, com o passar do tempo, novas descobertas foram feitas e viu-se tratar de uma doença sistêmica que predominantemente caracteriza-se por altos graus de processos inflamatórios e trombóticos. Neste relato, descrevemos um paciente com acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico concomitante a infarto agudo do miocárdio (IAM) silencioso e miopericardite.
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