A cidade do Rio de Janeiro é muito conhecida por suas paisagens diversas e por suas favelas. A distribuição espacial das favelas, bem como o conhecimento de suas características, é de suma importância para um planejamento urbano coerente. Assim, este trabalho tem como objetivo caracterizar, analisar e compreender a configuração espacial das favelas da Área de Planejamento (AP3) no município do Rio de Janeiro por meio de variáveis espaciais como zoneamento, hidrografia, rodovias, ferrovias e altitude. Essa caracterização espacial é um aspecto fundamental quando se considera a questão das favelas sob a ótica da habitação, do planejamento urbano e da qualidade de vida. A análise espacial indicou que cerca de 80% das comunidades da AP3 possuem intrínseca relação com as variáveis adotadas, corroborando com os apontamentos de Abreu (1997) de que sua existência está intrinsecamente associada ao processo de urbanização do subúrbio carioca.
A complexidade da profissão do arquiteto e urbanista é diversa, portanto, sua graduação precisa ser multidisciplinar. Não é possível desvincular as competências do profissional da área da geoinformação, pois é fundamental compreender de forma rápida e simplificada os padrões espaciais do espaço. Portanto, esse trabalho busca fazer uma análise crítica do processo de formação do arquiteto e urbanista frente ao conhecimento geoinformacional e suas tecnologias, diante das complexidades atuais da área. Utilizando métodos quantitativos para a análises das grades curriculares e qualitativos para o entendimento da geoinformação e suas tecnologias nos trabalhos de conclusão de curso, foi possível entender como se encontra o panorama da área na formação do arquiteto e urbanista no Brasil. Foi possível identificar a baixa obrigatoriedade das disciplinas da área que se refletem na fragilidade das análises espaciais, quando feitas, na fase de pré-projeto. Assim, o trabalho sinaliza para a importância de uma revisão do arcabouço geoinformacional e geotecnológico para os currículos dos arquitetos e urbanistas que melhor contribuem e facilitam na leitura diagnóstica e nas etapas de projeto.
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