;. HÉRNIA DE AMYAND: UM RELATO DE CASO. ABCDExpress. 2017;1(2):1169.Instituição: HOSPITAL IPIRANGA APRESENTAÇÃO DO CASO: EFO, 55 anos, masculino, procedente de São Paulo-SP, portador de hepatite B há 05 anos, ex-usuário de canabis e crack, em acompanhamento psiquiátrico para tratamento de dependência química e esquizofrenia. Procurou ambulatório de gastrocirurgia em São Paulo, com quadro de que há 02 anos iniciou abaulamento em região inguinal direita, evoluindo com aumento progressivo e dor de forte intensidade há 01 ano. Ao exame físico apresentava hérnia inguino-escrotal indireta direita volumosa, indolor a palpação e parcialmente redutível, sendo, portanto, indicada correção cirúrgica da mesma.No ato operatório, foi realizada inguinotomia direita oblíqua para realização da hernioplastia e, durante a exploração do saco herniário, foi identificado o apêndice cecal sem sinais inflamatórios, oriundo do anel inguinal interno. Realizouse redução do apêndice para a cavidade abdominal, rafia do saco herniário e hernioplastia inguinal direita à Lichtenstein. Paciente obteve evolução clínica satisfatória, recebendo alta hospitalar no 1º dia pós-operatório. No acompanhamento ambulatorial, manteve-se assintomático e sem intercorrências clínicas. DISCUSSÃO: Hérnia de Amyand (HA) é aquela cujo conteúdo identificado corresponde ao apêndice vermiforme. É um fenômeno raro, com incidência em torno de 1%, podendo o apêndice estar inflamado em 0,08% dos casos, ocorrendo na maioria das vezes em pacientes do sexo masculino e nos extremo das idades. A apresentação pode ser a de uma hérnia inguinal assintomática, obstruída ou estrangulada, associado ou não a inflamação do apêndice. O diagnóstico pré-operatório é difícil, mesmo com o auxílio de exames de imagem, sendo, na maioria dos casos, realizado durante o intra-operatório.As complicações incluem perfuração, abscesso peri-apendicular, orquite, epididimite, necrotização na virilha, fasceíte da parede abdominal e apendicite gangrenosa secundária ao estrangulamento do saco da hérnia, cujas taxas de mortalidade variam entre 14 a 30%. O tratamento cirúrgico da HA baseia-se na classificação de Losanoff e Basson, sendo a presença ou ausência de inflamação do apêndice determinante na definição do tratamento adequado. COMENTÁRIOS FINAIS: A hérnia de Amyand é uma condição rara, de difícil diagnóstico pré-operatório, portanto, podendo ser encontrada pelo cirurgião no intra-operatório de forma inesperada. É importante ter conhecimento de suas configurações clínicas para uma abordagem apropriada e individualizada. ABCDExpress 2017;1(2):1169Codigo: 60136 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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