RESUMODiversas alterações endócrinas são descritas na obesidade. O eixo corticotrófico encontra-se hiper-responsivo, com maior depuração dos hormônios e nível de cortisol normal. A caracterização do pseudo-Cushing é importante. A leptina parece ser um hormônio permissivo para o desencadeamento da puberdade. Em adultos, as gonadotrofinas são normais, hiperandrogenismo e hiperestrogenismo são encontrados. Nas mulheres, a resistência insulínica é central no desenvolvimento da síndrome dos ovários policísticos (SOP), associada a hiperandrogenemia ovariana. Nos obesos, GH geralmente é baixo e IGF1 normal. A função tireoidiana é habitualmente normal nos obesos.
ABSTRACT Hormonal Axes in Obesity: Cause or Effect?Several endocrine changes have been described in the obesity state. The corticotropic axis is hyperresponsive and there is enhancement of hormonal clearance, but cortisol levels are within the normal range. It is important to characterize a pseudo-Cushing in obesity. Leptin seems to be a permissive hormone for the beginning of puberty. In adults, gonadotropines are normal, and hyperandrogenism and hyperestrogenism are found. In women, insulin resistance has a central role in polycystic ovarian syndrome (POS), which is associated to ovarian hyperandrogenemia. In obese subjects, growth hormone (GH) is generally low and IGF1 is normal. Thyroid function is commonly normal in obese subjects. obesidade. Não é conhecido se as modificações são meramente adaptativas e fisiológicas ou se possuem algum papel na gênese ou perpetuação da obesidade. Em estudos experimentais nos quais as alterações foram restauradas para o nível "normal", não foram observados maior perda de peso ou melhor prognóstico da obesidade. A função endócrina do tecido adiposo pode ter papel etiológico, pois as alterações variam com a gravidade da obesidade e o fenótipo de distribuição de gordura corporal. O conhecimento do perfil hormonal peculiar do paciente obeso é importante para: 1) compreender a fisiopatologia das complicações associadas ao excesso de peso; 2) evitar erros diagnósticos (por exemplo, atribuição das alterações encontradas a processos orgânicos); 3) motivar estudos que possam resultar em intervenções terapêuticas.
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