Analisa uma versão manuscrita de 1790, do livro escrito originalmente em 1710 pelo jesuíta Pedro Montenegro, Materia medica misionera. Além da persistência de saberes mágico-religiosos e dos exóticos ingredientes para as receitas, encontram-se na obra a inconfundível presença das concepções hipocráticas e galênicas e o crescente empirismo que marca as transformações científicas do século XVIII. Sua análise permite, ainda, a reflexão sobre difusão, circulação e produção de conhecimentos farmacológicos e médicos na primeira metade do século XVIII, no âmbito das reduções e dos colégios instalados na região Província Jesuítica do Paraguai, na América meridional.
Resumo: O presente artigo tem por objetivo discutir a atuação de membros da Companhia de Jesus como médicos e boticários na América meridional durante os séculos XVII e XVIII, levando em consideração aspectos da formação desses missionários e a alta incidência de epidemias nas reduções de indígenas em que atuavam. Para este propósito, nos utilizamos das Cartas Ânuas da Província Jesuítica do Paraguai seiscentistas e setecentistas, das Constituições da Companhia de Jesus, de cartas pessoais do irmão Heinrich Peschke e, também, da Recompilação das Leis e Pragmática do Protomedicato de 1751. Palavras-chave: Companhia de Jesus -Epidemias -Botânica médica.
Abstract:The present article intends to discuss the practicing of some members of the Company of Jesus as medics and apothecaries in southern America during the 17th and 18th centuries, taking into account aspects of the formation of these missionaries and the high frequency of epidemic outbreaks in the indigenous reductions they acted in. For this purpose were used the Cartas Ânuas of the Província Jesuítica of Paraguay of the six hundreds and seven hundreds, the Constitutions of the Company of Jesus, the personal letters of brother Heinrich Peschke and also the Recompilation of Laws and Pragmatics of the Protomedicato from 1751.
Palavras-chave tratados de medicina, estratégia de escrita, circulação de impressos ABSTRACT In this article, we analyse the texts of the dedications, censorships, approvals and prologues published in surgery and medicine treaties, written or edited in Spain during the first half of the eighteenth century, that had confirmed circulation, becoming works of reference to Jesuits who acted as apothecaries and medics in America. Other than the identification of the writing strategies evidenced in these texts, which precede the content itself of these printed treaties, we evaluate how, through these texts, their authors and editors sought to point out appropriate ways of reading and, this way, to disseminate certain scientific pieces of knowledge in Spain and in the areas of its vast colonial Empire in the eighteenth century.
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