RESUMOO processo de imigração europeia para o sul do Brasil se deu de forma mais sistemática ao longo do século XIX. Imigrantes alemães e, depois, italianos, ocuparam como colonos terras destinadas para essa finalidade pelos governos imperial e provincial. A colônia de Caxias do Sul-RS, que é objeto desse artigo, foi ocupada por imigrantes italianos e católicos, a partir de 1875, constituindo-se no principal polo de atração colonial no último quartel do século XIX. No correr do século XX, o município se tornou um importante centro de atração de migrantes em razão do desenvolvimento industrial. Nesse movimento também vieram para Caxias do Sul trabalhadores de ascendência alemã e protestante. Já na condição de moradores e trabalhadores da cidade, um pequeno grupo de luteranos construiu sua primeira capela em 1947, que foi queimada quatro anos depois. Este estudo se ocupa em analisar as relações de resistência, negociação e conflitos entre católicos e luteranos em Caxias do Sul, tendo como pano de fundo manifestações de intolerância e o incêndio da capela, na metade do século XX. PALAVRAS-CHAVE: CONSIDERAÇÕES INICIAISNo início dos anos de 1950, o templo luterano de Caxias do Sul, no Brasil meridional, foi incendiado poucos anos depois da fundação da comunidade. As razões desse sinistro não foram devidamente apuradas e, ainda hoje, existem versões desencontradas sobre o incidente. As atividades luteranas, tais como cultos e ritos religiosos, começaram na cidade no final da Campanha de Nacionalização. O movimento do grupo religioso avançou até a fundação da Comunidade Evangélica Luterana da Paz, em 1945. Dois anos depois, a comunidade adquiriu um terreno e construiu sua primeira capela, que se situava "num potreiro que, mais tarde, anos depois, seria o prolongamento da Avenida Júlio de Castilhos". A capela era de "tabuas,
A Peste Negra devastou o mundo no período medieval, particularmente entre 1347 e 1351, pela sua rápida propagação e ausência de métodos preventivos e de cura. No medievo essa pandemia gerou um medo coletivo diante da ausência de diagnósticos científicos e da própria mentalidade do período. Esse blecaute pandêmico tem sido objeto de análise dos medievalistas que têm ressaltado inclusive a falta de expectativas para a própria existência humana. Para além dos historiadores, o tema em questão também tem inspirado cineastas de maneira muito ampla. Nesse sentido, o presente artigo se propõe fazer uma análise de três filmes – Morte Negra (2010), Caça às Bruxas (2011) e O Cavaleiro das Trevas (2013) –, nos quais a peste negra é pano de fundo. O objetivo do estudo, interdisciplinar por envolver História e Cinema, é fornecer a professores de História uma base analítica para trabalhar esse aspecto da Idade Média em sala de aula de forma didática.
O presente artigo tem como objetivo evidenciar a presença de escravos na região da Colônia de Santa Cruz (atual município de Santa Cruz do Sul) durante a segunda metade do século XIX. Partimos do processo-crime Nº 4776, de 1876, no qual o pardo Lucas, jornaleiro, escravo de Adão Schirmer, foi acusado como autor do homicídio da preta Maria, escrava de Jacob Graeff. Maria, quitandeira, residia na Vila de Santa Cruz. Também utilizamos como fontes os registros da Paróquia de Santa Cruz referentes aos batismos e óbitos de escravos e libertos entre os anos de 1861 e 1886. Concluímos que, apesar de existirem leis provinciais e imperiais que proibiam aos colonos que possuíssem cativos, não se sustenta a tese de que não haviam escravos na região em estudo. Pela documentação consultada foi possível concluir que circularam escravos pela povoação, pela própria Colônia de Santa Cruz e em suas adjacências. Esses escravos não pertenciam a colonos, mas certamente a escravidão não foi estranha aos imigrantes que se estabeleceram pela região. A presente comunicação faz parte do projeto “Senhores, escravos e colonos: redes, conflitos e negociações no Vale do Rio Pardo”.
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