ResumoEste trabalho busca identificar e discutir um conjunto de instituições e arenas que possam fomentar a integração do setor elétrico na América do Sul por meio de agentes de mercado. Para operacionalizar a geração e comercialização de eletricidade foram identificadas 4 arenas e 5 organizações para acomodar os diferentes interesses e atividades dos agentes econômicos, stakeholders e agentes dos vários países. O processo poderia iniciar por meio da integração entre o Brasil e países vizinhos e se basear em energias renováveis e sustentáveis para evitar a exaustão de recursos energéticos. Seriam construídas conexões e linhas de transmissão nas fronteiras e os mercados conectados de ambos os lados da fronteira seriam vistos como extensões dos respectivos sistemas nacionais. A implementação de tal arquitetura institucional requer liderança e envolve custos. O Brasil deveria considerar liderar esse processo e atuar como um paymaster parcial para iniciar relações bilaterais de importação e exportação de eletricidade dos e para os países vizinhos.

Este trabalho discute a contribuição da energia nuclear para a complementação térmica do Sistema Interligado Nacional, as questões relacionadas com a usina Angra 3 em construção e analisa sua contribuição para a sustentabilidade do sistema elétrico. Neste trabalho avalia-se o valor estratégico da segurança energética provido pelas fontes termoelétricas e, em particular, pela alternativa nuclear. A análise de custo é baseada no custo marginal de operação. A análise de sustentabilidade considera 6 critérios: emissão de gases do efeito estufa, área imobilizada, consumo de matéria prima na forma de combustível, consumo de água, morbidade e fatalidades em acidentes. Esses critérios são considerados importantes pelos setores de energia, industrial e pela sociedade. Conclui-se que a energia nuclear na função de complementação térmica garante segurança energética, confiabilidade no fornecimento de energia, menor custo marginal e operação e maior contribuição para sustentabilidade.