A biomassa é a terceira maior fonte de energia para conversão em eletricidade no país, do qual o bagaço da cana-de-açúcar é o insumo energético mais relevante. O bagaço é biomassa residual do processo de moagem industrial, cujo armazenamento faz-se necessário devido à sazonalidade da produção. Os experimentos foram realizados para amostras da estocagem do material em posições distintas (degradação diferenciada), obtido em unidade agroindustrial com 70 mil toneladas adquiridas para utilização em caldeira a vapor. O propósito é avaliar as características físico-químicas (análise imediata, incluindo umidade) e energéticas (poder calorífico) do bagaço da cana-de-açúcar, quando submetido a condições de estocagem a céu aberto durante três anos; com isto, estudar a influência do clima e das condições de armazenamento em alterações do potencial energético desta biomassa residual. Destacam-se os seguintes resultados obtidos: a) Massa específica quatro vezes superior e TUM,BU alcançando 85% quando o bagaço é armazenado a céu aberto; b) Reduzido TCZ (< 1%) possibilitando reduzidos danos e manutenção quando utilizado em caldeiras a vapor; c) Sem degradação significativa para uso como combustível sólido, quanto à TMV,BS e TCF,BS, propiciando respectivamente ignição e estabilidade da combustão, e contribuição significativa no PCS; d) Valores médios para poder calorífico serão consumidos em 15% ou mais no processo de secagem do bagaço; e) A energia térmica disponível (~27 mil TEP) tem significativo potencial para cogeração de energia e aumento no valor agregado da produção agroindustrial.
A biomassa é matéria-prima para a bioenergia, cujas transformações até o uso final da energia podem transitar pelas formas de biocombustíveis (biodiesel e álcool/etanol), biogás (resíduos agrícolas ou urbanos), carvão vegetal ou mesmo blocos aglomerados de resíduos vegetais (do inglês, brickets) para serem queimados e aproveitados como energia térmica em ciclos termodinâmicos a vapor. A busca por fontes de energia alternativa aos combustíveis fósseis, tendo em vista o interesse em características renováveis, a exemplo da biomassa tem crescido principalmente devido a fatores ambientais e econômicos. Neste artigo apresentam-se dados referentes à disponibilidade de matéria-prima da biomassa (arroz em casca) em doze municípios do estado de Mato Grosso do Sul, situados na denominada região da “Grande Dourados”, onde está instalada a UFGD. A questão relevante situa-se no contexto de acesso e uso final da energia (térmica, elétrica e outras) em regiões mais afastadas do país, onde a distribuição de eletricidade situa-se fora das redes principais, é precária ou mesmo inexistente, e combustíveis fósseis possuem um custo elevado associados ao transporte. Sendo assim, estas regiões requerem fontes isoladas para suprimento de energia local. Resultados são discutidos e considerações feitas a respeito da potencial de energia que pode ser obtido na região, utilizando a biomassa como fonte renovável de energia via processo de combustão da matéria-prima originária da casca de arroz.
Este artigo tem como objetivo determinar, para as unidades da federação que compõem a região Centro-Oeste do Brasil, a quantidade anual de biogás que pode ser obtido da suinocultura, e o potencial para conversão em energia térmica (calor). A energia térmica resultante possui aplicações diversas em áreas rurais e atividades agroindustriais, nas quais ocorre uso intensivo da energia na agricultura e pecuária. O uso do biogás na suinocultura é motivado principalmente pela necessidade de destinação ambiental adequada para os dejetos e a disponibilidade de um combustível que pode ser utilizado para obtenção de energia térmica e/ou elétrica, bem como outras questões atuais relacionadas ao aquecimento global. No Brasil e na região Centro-Oeste, existe grande disponibilidade de biomassa residual, de origem vegetal e animal. Em se tratando de dejetos animais, a suinocultura nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal é uma atividade que pode resultar em receita financeira adicional pela comercialização de créditos de carbonos e do biogás em si, ou uso deste como fonte renovável de energia. A etapa final de transformação da biomassa em bioenergia ocorre com a conversão da energia contida no biogás combustível (J/kg) via processo de combustão, em energia térmica (J). A metodologia utilizada é adaptada do Centro Nacional de Referência em Biomassa-CENBIO, e considera a base de dados brutos disponibilizada pelo IBGE. O tratamento e consolidação de dados considera uma série histórica de oito anos (2002-2008). Biodigestores são considerados para estimar o volume anual de biogás produzido. Por fim, processo de combustão em queimadores industriais é assumido com eficiência de conversão ideal da energia química (biogás) em energia térmica (calor). Os resultados obtidos permitem concluir que quantidades significativas de energia térmica podem ser obtidas, podendo alcançar anualmente 15 mil TEP (~~640.000 GJ) no estado de Mato Grosso do Sul, quase o dobro destes valores no estado de Goiás e 20% superior no estado de Mato Grosso.
O Centro-Oeste e Norte do Brasil são regiões geográficas com poucas pesquisas registrada na literatura técnico-científica a respeito potencial para aproveitamento de energia eólica e solar. Conhecer qual é o regime de vento e as condições predominantes em cada local é importante para uma melhor estimativa do potencial eólico local e aplicações em características regionais que são influenciadas por este fenômeno. O objetivo deste trabalho é determinar a direção predominante e intensidade da velocidade do vento(médias e principais frequências de ocorrência), bem como seu comportamento sazonal na região do município de Dourados-MS. A metodologia considera os dados registrados a cada hora, por estação meteorológica semi-automática localizada no campus da UFGD (latitude 22° 11’S, longitude 54° 55’O e altitude de 454m), com anemômetro instalado a 2m acima do nível do solo, e série historica no período 2005-2009. Análise das médias diárias e mensais é equacionada, bem como para obtenção das frequências de ocorrência para direção (intervalos de 15°) e velocidade (intervalos de 0,5 m/s). A partir dos resultados obtidos, para a região de Dourados-MS, é possível concluir o que segue: a) A direção do vento predominante é Nordeste (NE); b) No mês de janeiro, a velocidade média diária do vento é (1,4±0,2) m/s, e no período anual a velocidade média diária é (2,0±0,5) m/s; c) A representação de médias diárias mantém as características originais do fenômeno (o que não ocorre com médias mensais), que é o comportamento estatístico típico das distribuições de Weibull e Rayleigh encontradas na literatura.
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