Os derivados da Cannabis sativa estão sendo utilizados para tratar comorbidades que ainda não apresentam terapêutica eficiente sobre os danos e sintomas. Os compostos canabinoides – canabidiol e delta-9-tetrahidrocanabinol vem sendo testados para uso terapêutico e diversos estudos buscam elucidar os efeitos farmacológicos dessas substâncias. Assim, o presente estudo reúne informações sobre os derivados canabinoides e os efeitos farmacológicos já descritos para os compostos canabidiol e delta-9-tetrahidrocanabinol. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura a partir de dados colhidos de artigos originais obtidos nas bases de dados: MEDLINE, SciELO, BVS e LILACS, utilizando os termos: canabinoides, canabidiol, tetrahidrocanabinol (dronabinol), maconha medicinal. O conhecimento sobre os ligantes endocanabinoides demonstram que os compostos canabinoides podem apresentar função significativa na mediação de diversos processos neurofisiológicos. Pesquisas evidenciam que esses derivados são uma importante alternativa para o tratamento de várias patologias, principalmente sobre doenças que ainda não possuem resposta ou que a resposta não seja tão eficaz. Dados reforçam que os canabinoides podem ser uma opção terapêutica para pacientes em quimioterapia auxiliando nas crises decorrentes do tratamento, além de auxiliar no tratamento de trauma raquimedular, AIDS, esclerose múltipla, neuropatia periférica, síndrome de Tourette, no pós-operatório, em fase pós-infarto cerebral ou outras condições clínicas que tenha uma forte associação com quadros de dores crônicas. Ainda que os avanços científicos demonstrem benefícios no uso dos compostos canabinoides ainda carece de estudos para comprovação da ação. Pesquisas com Cannabis sativa abrem espaço para a possibilidade de tratamento de doenças que ainda não possuem resposta terapêutica tornando estas substâncias uma esperança farmacêutica.
A ataxia espinocerebelar tipo 3, também conhecida como doença de Machado-Joseph, é um distúrbio neurodegenerativo autossômico dominante, provocado por uma expansão da repetição CAG que codifica a glutamina no gene ATXN3. Afeta tanto homens como mulheres, com sintomas em geral tardios, surgindo por volta da segunda década de vida e piorando com o avançar da idade. Apesar de rara, é a forma mais comum de ataxia espinocerebelar e não há evidências de terapias capazes de promover a cura. Assim, o presente estudo reuniu informações para atualizar os conhecimentos sobre essa doença. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados PUBMED, SciELO e BVS. A ataxia cerebelar progressiva é comum nesses pacientes. No espectro clínico inclui anormalidades oculomotoras, distúrbios do sono, síndrome piramidal, sinais extrapiramidais e neuropatia periférica. Esses sintomas neurológicos são expressos por efeito da perda neuronal em regiões específicas do cerebelo, gânglios da base, tronco encefálico e medula espinhal. Pode ocorrer ansiedade, depressão e alto nível de fadiga. Ainda não há um tratamento eficaz que seja capaz de modificar o curso natural dessa doença. Os estudos mais recentes têm como alvo terapêutico o silenciamento gênico e a interceptação dos efeitos tóxicos provocados pelas proteínas produzidas. Terapias sintomáticas e fisioterapia tem sido realizada para melhora da qualidade de vida. Conhecer as características clínicas da doença de Machado-Joseph, que é uma condição grave, incurável, altamente debilitante e capaz de gerar uma alta carga de sofrimento nos seus portadores é importante na atuação do neurologista.
Objetivo: Relatar os desfechos observados no tratamento de pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar durante a gestação. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa. Foram considerados os estudos publicados no período entre 2000 e 2022, obtidos de bases de dados científicas que abrangem fontes relevantes inerentes ao tema, utilizando como um dos principais critérios a seleção de artigos originais e atuais. Ao todo, foram analisados 27 artigos que abordaram o tema. Resultados: O uso de lítio deve ser feito com ressalvas, devido ao risco de defeitos neurais no feto, além do acompanhamento atento a litemia da gestante. Anticonvulsivantes também possuem risco de defeitos neurais, além da possibilidade de alteração no metabolismo de anticoncepcionais, com risco de gestação indesejada. Antipsicóticos atípicos não apresentam riscos ao feto, salvo a risperidona. Aqueles com maior perfil metabólico, como a quetiapina e olanzapina, possuem maior risco de desenvolvimento de diabetes gestacional. Conclusão: O controle do humor de pacientes com transtorno bipolar deve ser acompanhado de forma competente pelo profissional de saúde, que deve estar munido de todas as opções terapêuticas, para que possa apresentá-las as pacientes, obtendo assim uma estratégia compartilhada e com maiores chances de sucesso.
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