Introdução: Para que os pacientes surdos se sintam confortáveis no consultório odontológico é preciso conhecer o ambiente e interagir com a equipe de saúde bucal. Dessa maneira, é importante que os profissionais estejam atentos e abertos para compreender as necessidades dessa clientela. Objetivo: Avaliar a percepção das pessoas com deficiência auditiva sobre o processo de comunicação no atendimento por cirurgiões-dentistas. Trata-se de um estudo quantitativo e qualitativo no qual participaram do estudo 30 surdos, sendo 17 homens e 13 mulheres com média de idade de 33 anos. Os dados foram obtidos por meio de questionários semi-estruturados com perguntas abertas e fechadas. As variáveis quantitativas foram pareadas e analisadas através da estatística descritiva, enquanto o material textual sobre o significado do assunto comunicação no atendimento odontológico foi processado com auxílio do software IRAMUTEQ 0.7 alpha 2. Resultados: Os resultados obtidos demonstraram que os surdos compartilham entre si significados centralizados nas necessidades dessa população, suas dificuldades e expectativas ao dirigir-se a um consultório odontológico, isso é ainda mais evidenciado, pois 70% deles considera que os cirurgiões-dentistas não estão preparados para atender usuários com deficiência auditiva. Conclusão: Fica explicita a importância do incentivo a adesão ao componente curricular da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na graduação e a formação continuada dos cirurgiões-dentistas, tendo como base a atenção integral à saúde do surdo, a fim de aumentar o nível de satisfação desses sujeitos nos serviços de saúde e na comunicação com a equipe odontológica.
Introdução: A visão é uma das principais maneiras de interagir com o mundo. Em função desse déficit, os deficientes visuais desenvolvem mecanismo compensatório noutros sentidos como olfato, tato, audição e propriocepção. Objetivo: Investigar o nível de conhecimento em saúde bucal de 33 deficientes visuais matriculados no Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do Norte (IERC-RN), conhecendo experiências que essas pessoas vivenciaram durante atendimento odontológico. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, quanti-qualitativo usando entrevista. O material textual obtido pelas perguntas abertas gerou um corpus processado pelo Software IRAMUTEQ. Nesse contexto, o IRAMUTEQ categorizou o corpus através da classificação hierárquica descendente em seis classes distintas. Nas classes emergiram temas como acessibilidade, nervosismo e ansiedade no atendimento odontológico. A análise de similitude e a nuvem de palavras, também geradas pelo software possibilitaram perceber as principais expressões utilizadas, suas dificuldades, além de conexões com a saúde bucal e o ambiente odontológico. Resultados: As respostas das perguntas fechadas revelaram que a maioria dos entrevistados acredita que os dentes não duram para sempre, 90,09% escovam os dentes duas ou mais vezes por dia, utilizando principalmente escova e pasta, deixando o fio dental em segundo plano. Equívocos no conhecimento poderão ser superados pelo acesso a informação, criação de materiais educativos direcionados a essa clientela para enfrentamento das suas ansiedades e estímulo ao autocuidado. Conclusão:Paralelamente, a equipe de saúde bucal deve se preparar/capacitar para o atendimento desse segmento, pois pacientes com necessidades especiais exige habilidades diferenciadas, muita sensibilidade e conhecimento profissional adequado.
Objetivo: Investigar se houve modificação na percepção das gestantes sobre a atenção odontológica no pré-natal, comparando os resultados das pesquisas realizadas nos últimos anos do século XX e primeiras décadas do início do século XXI com os resultados encontrados na presente pesquisa. Metodologia: Estudo de natureza qualitativa com uma amostra de 30 gestantes na Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, usando uma entrevista estruturada, cujas respostas foram processadas pelo software IRAMUTEQ, para se abstrair as percepções que estão embutidas no imaginário das participantes. Resultados: 80% das entrevistadas responderam que vão ao dentista durante o pré-natal. Dessas 76,6% acham muito importante ir ao dentista nesse período para criar uma atmosfera saudável em torno do bebê. Percebeu-se que apesar das crenças que persistiram, algumas gestantes gostariam de ter atendimento odontológico atrelado ao Pré-natal, porém, as condições financeiras e acesso limitado aos serviços, dificultam a realização desse desejo. Conclusão: Houve uma mudança nos hábitos das gestantes e uma maior procura ao dentista no pré-natal, apesar do acesso limitado. Mesmo assim ainda é necessário desenvolver um trabalho educativo com essa clientela, esclarecendo dúvidas e melhorando o acesso ao serviço público odontológico neste período.
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