O presente estudo teve como objetivo identificar e descrever as práticas de governança corporativa nas empresas brasileiras de capital aberto dos segmentos de Construção Pesada e Edificações e compará-las com as recomendações do código de “melhores” práticas do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, emitido em 2015. Foram identificadas quais práticas haviam sido objeto tanto do código do IBGC quanto das pesquisas científicas nacionais e internacionais na área de Administração revisadas pelo referencial teórico do artigo. Com emprego do método quantitativo, realizou-se uma pesquisa descritiva valendo-se da técnica de pesquisa documental, a fim de verificar a observância ou não de tais características em vinte empresas dos ramos de Edificações e Construção Pesada. Dentre os documentos corporativos, foram analisados os códigos de conduta, formulários de referência e demonstrações financeiras padronizadas a partir dos sites dessas empresas. Pode-se perceber que as empresas brasileiras desses setores possuem indicativo bastante positivo quanto ao nível de Disclosure (divulgação) de suas informações e relação com as auditorias independentes, principalmente após associação aos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo instituídos em 2000. Contudo, verifica-se ainda um cenário de grande desafio para as empresas ao tentarem se adequar aos padrões de governança, dadas suas tradições de organizações familiares e de carência de legislação protetiva aos investidores no país, que interferem definitivamente no nível de independência e longevidade de mandatos nos conselhos de administração em geral.
RESUMO Empresas lidam com a crescente pressão de stakeholders diversos para divulgar não apenas suas práticas sustentáveis, mas também a sustentabilidade da sua cadeia de suprimentos (SCS). No entanto, a forma pela qual as pressões de stakeholders são moldadas no Sul Global – caracterizado por vazios institucionais (contratação, terceirização e frágil aplicação da legislação) – é um fenômeno que tem recebido menos atenção da literatura. O estudo mapeia quais pressões de stakeholders estão associadas à divulgação de relatórios de SCS analisando um painel de dados não balanceado de 220 relatórios de sustentabilidade corporativa de 2016 a 2018 por empresas brasileiras de capital aberto. Os resultados mostram que acionistas e credores orientados para o longo prazo, o porte da empresa e a adoção da estrutura do GRI estão associados a níveis mais altos de divulgação de relatórios de SCS, enquanto as pressões públicas e regulatórias não estão associadas da mesma forma, o que embasa a lógica de vazios institucionais. Na ausência de pressões regulatórias, fontes de financiamento de longo prazo e acesso a recursos parecem emergir em associação à divulgação de relatórios de SCS.
Companies deal with increasing pressure from multiple stakeholders to report not only their sustainable practices, but also their extended supply chain sustainability (SCS). However, the literature has paid less attention to how stakeholder pressures are shaped in the Global South characterized by institutional voids related to contracting, outsourcing, and weak legislation enforcement. This study maps which stakeholder pressures are associated with SCS reporting analyzing an unbalanced panel data of 220 corporate sustainability reports from 2016 to 2018 by Brazilian listed companies. Results show that long-term oriented shareholders and creditors, company size, and adoption of GRI guidelines are all associated with higher levels of SCS reporting, while public and regulatory pressures are not, offering support to the institutional voids rationale. In the absence or weakness of regulatory pressures, long-term funding sources and access to resources seem to step-in as associated drivers of SCS reporting.
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