Antirreabsortivos são potentes inibidores da reabsorção óssea empregados no tratamento da osteoporose e das alterações do metabolismo ósseo associadas ou não a neoplasias. Devido à sua eficácia, antirreabsortivos como bifosfonatos (BPs) e denosumabes (DMABs) são amplamente utilizados. Porém, esses medicamentos têm sido associados à ocorrência de osteonecrose dos maxilares (ONJ), denominada “medication-related osteonecrosis of jaw (MRONJ)”. Parece haver uma relação entre a MRONJ e cirurgias odontológicas em pacientes tratados com BPs e DMABs. Porém, a relação entre a ocorrência de MRONJ e a instalação de implantes dentários não é muito discutida. O objetivo deste artigo foi realizar uma revisão de literatura a respeito do uso de antirreabsortivos, descrevendo seus mecanismos de ação, bem como sua inter-relação no tratamento com implantes. Foram também discutas estratégias prévias à realização de implantes em pacientes que fazem ou fizeram uso recente dos mesmos. Com isso, foi possível concluir que BPs e DMABs inibem a reabsorção óssea por mecanismos distintos. Os BPs se ligam ao tecido ósseo e quando incorporados por osteoclastos induzem sua apoptose. Já os DMABs, atuam inibindo a formação osteoclastica. Com relação entre o uso de BPs ou DMABs, a instalação de implantes e a MRONJ, a literatura é controversa. Cabe ao cirurgião-dentista e ao o médico, avaliarem os riscos e benefícios da suspensão do tratamento, para cada indivíduo candidato à implantodontia. Na tomada de decisão da suspensão ou não da medicação deve-se considerar variáveis associadas ao medicamento e ao paciente, prezando sempre pela prevenção da ONJ.
O objetivo dessa revisão de literatura é discutir os trabalhos pré-clínicos que avaliaram o efeito dos bisfosfonatos sobre a movimentação dentária induzida por tratamento ortodôntico. Foi executada uma busca de artigos no Pubmed e no Scopus de artigos pré-clínicos entre os anos de Janeiro de 1990 até Dezembro de 2016. Foram utilizados as seguintes combinações de palavras chaves para busca dos artigos: “alendronate” and “orthodontic moviment”; “bisphosphonates” and “orthodontic moviment”; “bisphosphonates” and “orthodontic treatment” e “alendronate” and “orthodontic moviment” sendo que foram detectados 57 artigos. Após a leitura dos abstracts e dos títulos, 16 artigos foram selecionados para leitura integral dos textos. Os resultados desta revisão foram heterogênicos, pois houve diferença entre tipo de medicamento utilizado, intensidade da força, sentido de movimentação dentária, diferentes dosagens dos medicamentos, aplicação antes e depois do início da movimentação ortodôntica, houve diferença entre as análises para medição da movimentação dentária, sendo assim, todas as variáveis supracitadas impediram a execução de uma metanálise. Pode-se concluir que em modelo animal o uso de bisfosfonatos reduz a movimentação ortodôntica, o que pode significar um aumento no tempo de tratamento.
KeywordsSodium Alendronate Zolendronic Acid osteoblasts Cell Viability Mineralization ResumoApesar dos bifosfonatos (BPs), fármacos antirreabsortivos, atuarem principalmente nos osteoclastos, a ação desses medicamentos em osteoblastos tem sido demonstrada em experimentos in vitro. Porém, na maioria desses experimentos, há exposição das culturas de osteoblastos aos BPs. Na presente investigação, foram avaliados osteoblastos diferenciados a partir de células-tronco mesenquimais (CTMs) de ratos tratados in vivo com alendronato de sódio (ALE: 1mg/ml/kg/semana), ácido zoledrônico (ZOL: 0,3mg/ml/kg/semana) ou solução salina (VEH: 0,009mg/ml/kg/semana) durante 13 semanas. As CTMs da medula óssea dos fêmures direitos dos animais foram cultivadas em meio osteogênico, na densidade de 5.000 células/200μl/poço. Após 21 dias de cultura, osteoblastos foram avaliados quanto à viabilidade celular e à formação de matriz mineralizada. Foram observadas viabilidades celulares semelhantes nos grupos BPs (ALE e ZOL) e superiores ao controle (VEH). Quanto à formação da matriz mineralizada, houve maior mineralização no grupo ZOL em relação ao grupo ALE, sendo ambas inferiores ao observado no grupo VEH. Os resultados obtidos sugerem que a exposição in vivo das CTMs ao ALE e ao ZOL influenciou a atividade dos osteoblastos in vitro. Ambos os medicamentos utilizados são BPs nitrogenados; contudo, na dose empregada, o ALE afetou mais significativamente a formação de matriz mineralizada. Abstract Evaluation of the osteoblastic differentiaton of mesenchymal stem cells from rats chronically treated with bisphosphonatesAlthough biphosphonates (BPs), antireabsorptive drugs, mostly behave in osteoclasts, the real effect of these drugs in osteoblasts have been demonstrated by in vitro experiments. However, in most of the studies, the osteoblasts are exposed to the BPs in the cultures. In the present essay were differentiated osteoblasts from mesenchymal stem cells (MSCs) of rats previously treated, during 13 weeks, with sodium alendronate (ALE: 1mg/ml/kg/week), zoledronic acid (ZOL: 0,3mg/ml/kg/ week) or saline solution (VEH: 0,009mg/ml/kg/week) were evaluated. The MSCs from right femurs were cultivated in osteogenic culture medium, with density of 5000 cells/200μl/well. After 21 days of culture, osteoblasts were evaluated about the cellular viability and about the mineralized matrix formation. It was found similar cell viability in BPs groups (ALE and ZOL), which were higher than the one observed for VEH. Regarding the mineralized matrix formation, ZOL showed higher values in comparison to ALE, however, both exhibited lower matrix formation than VEH group. The results suggest that in vivo exposure of MSCs to ALE and ZOL can change the normal activity of in vitro osteoblasts. Both drugs used are nitrogen BPs; however, in the doses used, ALE affected more significantly the mineralized matrix formation. IntroduçãoOs bifosfonatos (BPs) são antirreabsortivos utilizados para o tratamento de patologias relacionadas à perda óssea, sendo, na maioria das ve...
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