Recebido em 4/10/04; aceito em 27/7/05; publicado na web em 20/1/06 THE NEWTONIAN CHEMISTRY. The work of Newton exerted a profound influence on the development of science. In chemistry this newtonian influence was present in Query 31 of Newton's Optics. However, the incursion of Newton's thought into chemistry brought upon the chemists an epistemological question, that of the nature of their discipline. Would chemistry be a discipline in its own right, or simply a branch of physics? In this work we present the newtonian program for chemistry, as well as the reaction of traditional chemists to it. We conclude by proposing that Lavoisier carried through a synthesis between newtonian methodology and the singularity of traditional chemistry.Keywords: Newton; theory of affinity; Lavoisier. INTRODUÇÃOA obra de Newton fundamentou programas de pesquisa que transcenderam os limites das ciências físico-matemáticas. Várias outras ciências estabeleceram cânones epistêmicos que tinham na metodologia newtoniana a orientação para suas investigações.Na ciência química a incursão do pensamento newtoniano deuse através da teoria das afinidades, que procurava explicar aquelas reações que hoje denominamos de simples e dupla-troca. Todavia, essa incursão trouxe ao universo dos químicos uma questão epistemológica de extrema importância, a da natureza de sua disciplina. Seria a química uma ciência singular? Através da descrição da construção de tabelas de afinidade, bem como de sua interpretação teórica, pretendemos identificar o embate entre as conseqüências epistêmicas das idéias de Newton e a reivindicação de singularidade da ciência química, fornecida pela tradição aristotélica.Neste trabalho apresentamos a utilização da metodologia newtoniana pela química desde um ponto de vista histórico-epistemológico, ou seja, procuramos reconstruir as implicações epistêmicas que essa metodologia trouxe à ciência química a partir dos textos originais, embora utilizando termos desenvolvidos pela moderna epistemologia da ciência. É o caso da noção epistemológica de mudança paradigmática, proposta pelo fí-sico-historiador T. S. Kuhn (1922Kuhn ( -1996, que utilizamos não no sentido de exemplificar a epistemologia kuhniana, mas apenas com o objetivo de otimizar a compreensão de um processo de produção de conhecimento científico.Nosso principal objetivo será descrever o programa de pesquisa levado a termo pelos químicos newtonianos, apontando a reação dos químicos tradicionais às conseqüências epistemológicas desse programa. Para atingirmos nosso intento começaremos apontando as origens da interpretação newtoniana para as reações químicas. A seguir, apresentaremos os resultados empíricos obtidos em experimentos guiados pela metodologia newtoniana, bem como as conseqüências epistêmicas da adoção dessa metodologia. Finalizaremos apresentando uma possível síntese lavoisieriana, que ofereceu uma singularidade disciplinar para a química, tendo como base uma metodologia newtoniana.Julgamos que esse tipo de trabalho histórico-epistemológico pode contribuir...
Neste artigo pretendo identificar um "estilo de raciocínio" próprio à química e apontar a disseminação de seus produtos e conceitos. O objetivo é o de explicitar alguns elementos que caracterizam o estilo de pensar e de fazer da química na segunda metade do século xviii, sua capilarização técnico-cultural. O delineamento de um estilo químico de raciocinar origina-se da constância dos espaços técnico-epistêmicos em que o saber químico é construído. A química é uma ciência de laboratório, eminentemente técnica e operatória, quer dizer, trata-se de um conhecimento técnico-científico stricto sensu. Produtora de artefatos, a ciência química é inseparável da técnica, da tecnologia e da indústria, de maneira que sua identidade epistêmica é indissociável de sua história. Seu estilo caracteriza um valor profundo na cultura técnica do homo faber, do poder de agir sobre a natureza e de transformá-la através de manipulações e de rearranjos. Palavras-chave • Estilo de raciocínio químico. Laboratório. Capilaridade técnico-cultural. Século xviii. Academia de Dijon. Tecnociência.
In this article, we are interested in analyzing the biography of metallic titanium (Ti) and its dioxide (TiO2) from a historical, philosophical, and sociological point of view of some of its modes of existence. This biography does not suggest any anthropomorphization of material objects, rather, it is about an attempt to reconcile the reality of science in the present with its history to understand the particularities of materials in contemporary societies. We intend to investigate some properties and characteristics of the “natural” modes of existence and the new properties and implications when these materials gain a new mode of existence, the nanostructured one. This mode of existence refers to a new way of organizing scientific knowledge, an inflection which has been called technoscience, more concerned with what an object will become in the future, then with what it essentially is. In this sense, the proper chemical identity of these substances is one among other modes of existence, into this mode of existence, one must add others which can approach its biological, geological, cultural, technological, economic or geopolitical behavior.
Bernadette Bensaude-Vincent, professora emérita da Universidade de Paris 1 Panthéon-Sorbonne, é historiadora e filósofa das ciências. Além de mais de uma centena de artigos publicados em periódicos científicos e como capítulos de livros coletivos, suas principais obras são: Histoire de la chimie[1], em colaboração com Isabelle Stengers (La Découverte, 1993), La science populaire dans la presse et l’édition, em colaboração com Anne Rasmussen (CNRS Editions, 1997), Lavoisier. Mémoires d’une révolution (Flammarion, 1998), Eloge du mixte. Matériaux nouveaux et philosophie ancienne (Hachette, 1998), Faut-il avoir peur de la chimie? (Les Empêcheurs de penser en ronde, 2005), Matière à penser. Essais d’histoire et de philosophie de la chimie (Presses Universitaires de Paris Ouest, 2008), Chemistry, the impure Science em colaboração com Jonathan Simon (Imperial College Press, 2008), Les vertiges de la technoscience. Façonner le monde atome par atome[2] (La Découverte, 2009), Fabriquer la vie. Où va la biologie de synthèse? em colaboração com Dorothée Benoit-Browaeys (Seuil, 2011), Carbone. Ses vies, ses oeuvres em colaboração com Sacha Loeve (Seuil, 2018), e Philosophie de la chimie, obra coletiva organizada com Richard-Emmanuel Eastes (deBoeck, 2020).[1] História da química. Tradução de Raquel Gouveia. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.[2] As vertigens da tecnociência. Tradução de José Luiz Cazarotto. São Paulo: Ideias & Letras, 2013.
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