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A prescrição é um “documento” essencial que visa à adesão farmacoterapêutica por meio da tradução completa de informações fundamentais sobre a terapia a ser seguida pelo paciente. Ela deve ser escrita de forma legível, à tinta e ao vernáculo, e conter todas as informações sobre o medicamento. Além disso, características referentes ao prescritor e ao paciente são indispensáveis, pois garantem a confiabilidade e a rastreabilidade da receita perante a Vigilância Sanitária e asseguram o uso racional de medicamentos. Atualmente, o número de prescrições ilegíveis é alto e esse fator contribui para o aparecimento de efeitos adversos, tóxicos e até letais, dependendo do caso. O presente estudo teve como objetivos avaliar as prescrições que apresentaram ilegibilidade, bem como sua origem, sua classificação e os principais erros de preenchimento. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética. Realizou-se a pesquisa em um dos estabelecimentos da Rede de Farmácias Pague Menos®, durante o mês de junho de 2015, sendo analisadas 200 receitas consideradas ilegíveis. Das receitas analisadas, 43 (22%) não possibilitaram a dispensação do medicamento. Constatou-se, também, que a maioria das receitas veio de estabelecimentos públicos (60%) e que 74% era de controle especial. Além disso, observou-se a ausência de informações importantes no receituário, como duração do tratamento, posologia e data. Desse modo, essas características comprovam que a ilegibilidade é uma prática recorrente, que impossibilita uma dispensação segura de medicamentos nos estabelecimentos de saúde e, consequentemente, comprova a grande importância da padronização no preenchimento de receitas para que haja uma eficácia no tratamento.
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