Este artigo objetiva apresentar o desenvolvimento e a implementação de um sistema de medição de desempenho (SMD) para uma empresa brasileira de BPO (business process outsourcing), prestadora de serviço intensivo em conhecimento para o desenvolvimento de soluções em prevenção a fraudes. Metodologicamente é um estudo de caso de natureza empírica e qualitativa, cujos dados foram obtidos a partir de análise bibliográfica, documental e entrevistas semiestruturadas com os gestores da empresa, seguindo um protocolo de quatro passos: i) análise de indicadores pré-estabelecidos; ii) definição de fatores críticos de sucesso; iii) avaliação de indicadores preliminares; e iv) validação dos indicadores. Como principais resultados, a partir do diagnóstico e mapeamento de processos de gestão, fluxo de informações, organograma, estrutura operacional e cultura da empresa, estabeleceu-se objetivos e fatores críticos de sucesso para os processos decisórios em âmbitos estratégico, tático e operacional. Também foram identificados os indicadores de maior valia para a tomada de decisão e para os principais usuários dessa informação gerencial e realizou-se uma avaliação das características indispensáveis a estes indicadores e à sua aplicabilidade prática. Por fim, os KPIs (key performance indicators) foram validados junto aos tomadores de decisão, identificando barreiras de implantação e sua utilidade para o processo de gestão. O trabalho apresenta contribuições teóricas e práticas, tendo mostrado uma lacuna na literatura sobre SMDs para empresas especializadas em BPO, além de oferecer recursos para o desenvolvimento de futuros SMDs segundo critérios validados por gestores.

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O objetivo deste artigo é compreender a aptidão desenvolvida e as competências ressaltadas na aprendizagem em media training e verificar como elas podem, segundo os profissionais que ministram esse treinamento, gerar vantagem competitiva para os gestores e para a organização à qual servem. Os resultados das entrevistas realizadas com assessores de comunicação falam dos objetivos do treinamento, enunciam as habilidades consideradas imprescindíveis para que um gestor esteja apto a dar entrevistas e evidenciam a relação entre a preparação do gestor com a imagem organizacional. Também foi questionada a possível vantagem competitiva constituída para o gestor e sua carreira quando ele está habilitando, do ponto de vista de normas e procedimentos, a dar atender bem aos jornalistas e dar boas entrevistas.

Neste artigo, propõe-se a analisar os efeitos da ausência de convivência universitária sobre a procrastinação acadêmica dos alunos de pós-graduação. Para tanto, procedeu-se a uma análise temática a partir da fenomenologia hermenêutica sobre a transcrição de 24 entrevistas estruturadas, realizadas com estudantes de mestrado e doutorado em Administração. Os resultados mostram que a procrastinação está mais ligada à dimensão de fatores individuais de cada entrevistado - organização, estresse e saúde - do que a fatores de dimensão externa, como acesso às dependências da universidade e mudanças metodológicas, e que a pandemia, em si, não foi responsável diretamente por ensejar o comportamento procrastinador entre alunos, mas potencializa tendências já existentes. Aqueles que apresentam rotinas delineadas e as seguem com disciplina, passaram a procrastinar menos; por outro lado, os que não conseguem manter um cronograma organizado e estruturar hábitos, tiveram essas tendências potencializadas com a pandemia e intensificaram a prática da procrastinação.