O presente artigo é fruto de um estudo de caso de tipo etnográfico e tem como tema a evasão no universo escolar da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em sua relação com a cultura escrita. Com o estudo, objetiva-se: (1) discutir o problema da evasão em espaços de EJA; (2) compreender em que medida a constituição identitária pode implicar no movimento de permanência/evasão no/do espaço escolar; (3) estabelecer relações possíveis entre as práticas de letramento e esse movimento; e (4) refletir sobre a aproximação da condição de insider ou de outsider por parte dos estudantes no espaço escolar e as implicações para a evasão. O estudo defende que o fenômeno da evasão é um complexo construto social, com desdobramentos expressivos no que diz respeito aos aspectos identitários e à construção/ressignificação das práticas de letramento dos alunos, complexidade que não pode ser denegada nos processos de escolarização.
RESUMO: Este artigo busca, a partir de uma breve retomada histórica do processo de constituição da Linguística Aplicada (LA) como campo autônomo, promover uma reflexão sobre as bases epistemológicas assumidas pela LA, compreendendo que tanto a constituição do campo quanto a definição de seu objeto prioritário de pesquisa se dão em um movimento de negação e aproximação a determinadas vertentes epistemológicas e que tal movimento, por seu caráter histórico, não ocorre livre de contradições. Nessa direção, a partir de uma discussão crítica dessa constituição histórica, buscamos problematizar que todo compromisso com o conhecimento da realidade – natural ou social – é movido por “visões sociais de mundo” (LÖWY, 1987), que podem ser pró-manutenção ou pró-transformação do status quo e, portanto, uma posição ética. Nosso convite é para a assunção de uma postura científica fundada na análise objetiva da prática social e, por isso, transformadora.
RESUMO Este artigo tem como objetivo desenvolver uma discussão de caráter teórico-filosófico relacionada ao campo da alfabetização, com desdobramentos de ordem metodológica para o trabalho escolar em torno da oralidade, na forma de diretrizes. Para tanto, expõe-se, a partir da fundamentação materialista, histórica e dialética, a relação entre trabalho e linguagem, tomados à luz dos conceitos de objetivação e apropriação, sendo, para isso, retomada a indissociabilidade entre teoria e prática também no trabalho pedagógico. Na defesa, em nome de um projeto formativo humanizador, de que cabe à escola o reconhecimento das necessidades do sujeito histórico/concreto, as quais podem não corresponder às necessidades imediatas do sujeito empírico, são apontadas as fragilidades das pedagogias hegemônicas, ao mesmo tempo em que se discute que o planejamento pedagógico compromissado com o desenvolvimento da oralidade deve centralizar os gêneros do discurso secundários, constituindo-se a produção textual na esfera escolar a partir da vinculação entre as modalidades escrita e oral da linguagem.
O presente artigo retoma, analisa e discute a relação entre Epistemologia Genética e Psicogênese da Escrita para problematizar a (im)possibilidade de compatibilizar tais escopos com perspectivas teórico-pedagógicas histórico-críticas. Trata-se de uma reflexão fundamental para a definição de projetos formativos orientadores de currículos e trabalhos educativos, especialmente no âmbito da alfabetização. À luz dessa problematização, no presente estudo, enfrentamos os seguintes eixos de análise e discussão: (i) retomada de seu lugar no movimento histórico, (ii) sua assunção como procedimento metodológico de ensino em contradição com a própria teorização produzida pela autora e seu grupo de colaboradores e (iii) sua forma de conceber o objeto de conhecimento prioritário em sua elaboração teórica, a modalidade escrita da língua, na relação com a totalidade das manifestações simbólicas e da história da escrita. A apropriação do Sistema de Escrita Alfabética, sinteticamente, ganhará contornos muito distintos a depender do fundamento teórico-filosófico preconizado.
Este artigo tem como objetivo desenvolver uma discussão de caráter teórico-filosófico relacionada ao campo da alfabetização, com desdobramentos de ordem metodológica para o trabalho escolar em torno da oralidade, na forma de diretrizes. Para tanto, expõe-se, a partir da fundamentação materialista, histórica e dialética, a relação entre trabalho e linguagem, tomados à luz dos conceitos de objetivação e apropriação, sendo, para isso, retomada a indissociabilidade entre teoria e prática também no trabalho pedagógico. Na defesa, em nome de um projeto formativo humanizador, de que cabe à escola o reconhecimento das necessidades do sujeito histórico/concreto, as quais podem não corresponder às necessidades imediatas do sujeito empírico, são apontadas as fragilidades das pedagogias hegemônicas, ao mesmo tempo em que se discute que o planejamento pedagógico compromissado com o desenvolvimento da oralidade deve centralizar os gêneros do discurso secundários, constituindo-se a produção textual na esfera escolar a partir da vinculação entre as modalidades escrita e oral da linguagem.
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